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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

24 personalidades de 2008

Confira eleitos pelo www.mixbrasil.com.br entre personalidades que fizeram diferença este ano



Como acontece todos os anos, o Mix tratou de elaborar uma listinha com as 24 personalidades que fizeram a diferença no mundo LGBT. São pessoas que deram a cara a tapa, saíram do armário ou defenderam a concessão de direitos civis aos gays. Veja nossos eleitos de 2008.

Barack Obama
O presidente eleito dos EUA prometeu que faria um governo para todos e, pelo menos até agora, está cumprindo. Citou nominalmente gays em seu primeiro discurso após a eleição e já tem sete membros do primeiro escalão que são homossexuais assumidos. Também já se declarou favorável à união civil e direitos iguais para LGBT.

Matthew Mitcham
O atleta australiano levou o namorado às Olimpíadas de Pequim e ganhou medalha de ouro em saltos ornamentais em plataforma de 10 metros. Era o único assumido dos Jogos e tornou-se um ícone do esporte lgbt mundial.

Lula
Apesar de até agora estar devendo a aprovação de direitos civis LGBT, Lula protagonizou o mais importante momento do movimento homossexual brasileiro até hoje. A presença do Presidente da República, acompanhado da primeira dama e outros ministros de estado, na abertura da Conferência GLBT, ocorrida em Brasília em junho deste ano. Mesmo sem grande repercussão pública do ocorrido, é um marco em nossa história.

Fernando Gabeira
Foi por pouco. Um dos políticos brasileiros mais identificados com a luta por direitos LGBT perdeu a eleição para prefeito do Rio de Janeiro por menos de 0,5%. Mas conseguiu mobilizar boa parte do conservador eleitorado carioca acostumado com evangélicos e homofóbicos, que chegaram a fazer campanha escusa chamando-o de maconheiro e viado.

Leo Krett
As eleições de 2008 tiveram um número recorde de candidatos gays, lésbicas e trans em todo Brasil. Foram mais de 50 candidatos mas apenas 4 se elegeram. O destaque ficou para Leo Krett, travesti e dançarina de axé, que foi o quarto vereador mais votado de Salvador.

Queen Latifah
2008 foi um ano cheio de personalidades que se assumiram. Todos já sabiam ou desconfiavam dela, mas a super estrela da música e cinema Queen Latifah saiu do armário em grande estilo e se casou com sua até então preparadora física e elas já anunciaram que querem adotar.

Príncipe Manvendra Singh Gohil
O príncipe herdeiro do trono de Rajpipla foi deserdado após se assumir gay – fato inédito na história das famílias reais da Índia. Mesmo assim no começo do ano ele anunciou que vai adotar uma criança para manter a linhagem.

Ney Matogrosso
Gato aos 67, esse ano lançou o álbum novo "Inclassificáveis" e a caixa Camaleão com seus discos remasterizados, fez uma turnê de sucesso, foi pela primeira vez premiado como ator nos festivais MixBrasil e de Brasília por sua atuação no curta "Depois de Tudo", protagonizou especial na Globo sobre Cazuza e ainda vai ter a música tema da próxima novela das oito.

Marina Lima
A cantora, símbolo sexual desde os anos 80 e que nunca foi muito de falar de sua vida pessoal, já havia assumido há tempos sua bissexualidade. Mas esse ano surpreendeu a todos ao revelar que sua primeira experiência lésbica foi aos 17 anos com Gal Costa.

Cyndi Lauper
A ultrasimpatizante cantora rodou o mundo com seu show True Colors promovendo direitos LGBT. Nos shows do Brasil usou bandeiras do arco-íris. Fofa.

Luciano Lupo
O primeiro Mr Gay Brasil começou o ano bem, tendo sido o mais votado entre os internautas na final internacional do Mr Gay International em Los Angeles e levado o título de Mr Popularidade. O publicitário matogrossense durante o ano estrelou campanhas publicitárias e foi o apresentador da Parada Gay de São Paulo para a Rede Tv!. O Mr Gay Brasil 2008 Marcos Gabrowski vem de Goiânia e foi eleito em setembro na grande final no Anhembi, em São Paulo, entre 18 candidatos de todo país. Vamos torcer para ele ter a mesma atuação de Lupo.

Paula Burlamaqui
João Emanuel Carneiro, autor de A Favorita, havia prometido que Catarina e Stela, personagens de Lilia Cabral e Paula Burlamaqui, formariam um casal lésbico. Até agora, no entanto, apenas Stela, cozinheira de mão cheia, se assumiu em grande estilo. Apesar de todo preconceito que vem sofrendo pelos habitantes da fictícia Triunfo, a questão de sua homossexualidade vem sendo discutida de forma séria e esclarecedora.

Regina Braga e Denise Weinberg
Não faltaram cenas de beijo e sexo entre Dora e Luli, protagonistas do seriado Alice. Um dos retratos mais bacanas de casais homossexuais da telefdramaturgia nacional . Pena que só passou na HBO. A tevê aberta brasileira nos deve um casal como esse.

Orkut Buyukkokten
O criador da mais popular rede de relacionamentos entre os brasileiros e que esteve no país esse ano, anunciou o casamento com seu companheiro Derek Holbrook.

Isis King
A primeira transexual finalista no American Next Top Model fez bonito e ficou entre as 10 primeiras.

Sérgio Cabral
Dentre todos os governadores o do Rio é o que mais vem fazendo para mostrar sua simpatia pela causa: discursou pela segunda vez na abertura da Parada Gay do Rio e já é o presidente de honra da Conferência Internacional da ILGA, que acontece na cidade maravilhosa em junho de 2010.

Netinho
O astro do axé assumiu em polêmica entrevista que é bissexual. Tem uma filha e já viveu amores tanto com homens quanto com mulheres. Foi bombardeado por militantes que achavam que ele deveria se assumir gay. Um caso retumbante do preconceito sofrido por bissexuais.

Harvey Milk
O político gay californiano assassinado nos anos 70 é tema de um dos filmes quentes do ano. Dirigido por Gus Van Sant, o filme tem como um dos destaques o beijo entre Sean Penn e o delicioso James Franco. O filme tem duas indicações ao Golden Globe de melhor filme e ator.

Douglas Drumond
O empresário mineiro radicado em São Paulo abriu a 269, maior sauna da cidade, está a frente do Casarão Brasil, uma espécie de centro comunitário gay cujas obras estão quase fianlizadas. Ele lidera também a campanha para que a Frei Caneca ganhe o título oficial de Rua Gay.

Xande
Alexandre Peixe dos Santos é o primeiro homem transexual a dirigir a Associação da Parada Do Orgulho GLBT de São Paulo. Conseguiu aparar arestas, costurar apoios importantes junto à prefeitura e outros apoiadores e ainda ser o mais simpático porta-voz do maior evento gay do mundo.

Marc Jacobs
O estilista que assina grife com seu nome, está à frente da poderosa Louis Vuitton, foi considerado pela Out Magazine como o 8º gay mais influente dos EUA. Esse ano ele anunciou o casamento com seu namorado brasileiro, Lorenzo Martone.

Claudette Plumey
A líder das organizadíssimas prostitutas da Suíça (país onde a prostituição é legal) fez 73 anos durante passagem pelo Festival MixBrasil, onde apresentou documentário sobre usa fantástica vida. Hermafrodita, casada com uma mulher e com dois filhos e dois netos, ela foi a vencedora do Prêmio Ida feldman, entregue à personalidade que mais se destacou durante o evento.

Sam Sparro
Black and Gold arrasou nas pistas do mundo todo, foi um dos maiores sucessos de 2008 e acabou incicado ao Grammy. O australiano, ex-ator infantil, fala abertamente de sua orientação sexual e é casado há dois anos com seu stylist.

Rainha Elizabeth II
A rainha da Inglaterra brindou seus súditos anunciando em discurso oficial que o parlamento britânico deverá votar no começo de 2009 pacote de medidas que vão equiparar direitos de hetero e homossexuais, bem como outras leis que promovem igualdade racial. God Save the Queen!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cinemão - New Queer

Surgido no início dos anos 1990, New Queer Cinema ganha mais espaço em festivais de cinema

Por www.mixbrasil.com.br


"The Doom Generation", de Gregg Araki


"Paris is Burning", de Jennie Livingston


"Sebastiane", de Derek Jarman: um dos primeiros e mais polêmicos


O recém-lançado "Shortbus", de John Cameron Mitchell


Cada vez mais os festivais de cinema ao redor do mundo dedicam espaço na sua programação aos filmes de temática homossexual. Esse segmento cinematográfico, chamado de New Queer Cinema, não é novo, e já estava na hora de integrar essas mostras. Antes de falar sobre sua história, é preciso explicar que, neste caso, queer não quer dizer apenas gay, mas sim algo que incomoda, transgride, é um corpo estranho que perturba, provoca e fascina, é um jeito de pensar e de ser que não aspira o centro nem o quer como referência.

Essa rebeldia começou no início da década de 1990 com produções quase simultâneas de nomes como Gus Van Sant (“Mala Noche”, “My Own Private Idaho”), Gregg Araki (“The Living End”, “The Doom Generation”, “Mysterious Skin”), Bruce LaBruce (“No Skin Off My Ass”) e Derek Jarman (“Edward II”, “Caravaggio”, “The Garden”, “Sebastiane”), todos homossexuais. Inclusive, essa é uma das marcas registradas do New Queer Cinema: filmes homossexuais feitos por homossexuais. Longas como "A Gaiola das Loucas", por exemplo, não fazem parte dessa definição.

O nome foi dado em 1992 pela norte-americana B. Ruby Rich, feminista e crítica de cinema, que buscava uma forma de definir a efervescente produção de filmes de temática gay do circuito independente no fim dos anos 1990 e sua crescente presença em festivais. O New Queer Cinema não chega a ser um movimento com fundamentos fixos, ele é uma definição para os filmes com temas homossexuais dirigidos por homossexuais _ mas de pegada underground, ou independente, se preferir.

Apesar de ter se comercializado cada vez mais ao longo dos anos, esse tipo de cinema, quando surgiu, tinha como um de seus principais objetivos transgredir, debater, incomodar e quebrar estereótipos. Essa comercialização, apoiada por um maior crescimento dos filmes queer e de sua penetração no circuito cinematográfico, trouxe também coisas boas, como um perceptível crescimento na qualidade das produções e uma maior preocupação com a forma de tratar os temas.

Quase duas décadas depois de seu surgimento, o New Queer Cinema se tornou assunto sério, sendo muito discutido inclusive em teses acadêmicas de quem estuda a chamada Teoria Queer, um dos campos dos estudos de gênero que começaram a ser desenvolvidos no início dos anos 1990 e têm como base o pensamento do francês Michel Foucault.

:: Festival do Rio faz retrospectiva do grande Derek Jarman

Principais diretores e obras do New Queer Cinema:
Gus Van Sant: Mala Noche, My Own Private Idaho, Even Cowgirls Get the Blues
Todd Haynes: Poison, Safe, Dottie Gets Spanked, Velvet Goldmine, Far From Heaven, I'm Not There
Jennie Livingston: Paris is Burning
Christopher Munch: The Hours and Times
John Cameron Mitchell: Hedwig and the Angry Inch, Shortbus
Gregg Araki: The Living End, The Doom Generation, Mysterious Skin
Tom Kalin: Swoon
Rose Troche: Go Fish
Isaac Julien: Young Soul Rebels
Alex Sichel: All Over Me
Lizzie Borden: Born in Flames, Working Girls
Derek Jarman: Edward II, Caravaggio, The Garden, Sebastiane, Blue
Maria Maggenti: The Incredibly True Adventures of Two Girls in Love
Bruce LaBruce: No Skin Off My Ass, Hustler White, Super 8 1/2, Skin Flick

Começa a exploração Lunar, até onde vamos?


NASA ESTUDA EXPLORAÇÃO DA LUA COM REATORES NUCLEARES DE FISSÃO


A Nasa quer explorar a Lula primeiro do que Marte (Foto/Div)
A NASA anunciou estar estudando a possibilidade de instalar reatores de fissão nuclear para gerar a energia necessária para a exploração da Lua. A agência espacial norte-americana planeja retomar as missões tripuladas à Lua em 2020.

O projeto de exploração da Lua inclui a instalação de laboratórios e módulos de sobrevivência para que astronautas e cientistas possam passar longos períodos em nosso satélite. Outra possibilidade, ainda não suficientemente delineada, é a utilização das bases lunares como ponto de lançamento de missões tripuladas a Marte.

Reator nuclear para Lua

O reator nuclear planejado para ser instalado na Lua terá uma capacidade de geração de 40 kilowatts de potência, o que é suficiente para abastecer cerca de oito residências terrestres.

A fissão nuclear consiste na divisão de átomos de urânio no interior de um reator, gerando calor que é utilizado para movimentar um gerador de eletricidade. O processo é exatamente o mesmo das usinas nucleares terrestres, embora o reator lunar seja mais simples.

Unidade de
demonstração
tecnológica

"Nosso objetivo é construir uma unidade de demonstração tecnológica com todos os componentes principais de um sistema de geração elétrica à base de fissão na superfície e conduzir os testes não-nucleares de integração de sistemas em uma unidade terrestre," explicou Lee Mason, que vai coordenar os estudos.
"Nosso objetivo de longo prazo é demonstrar a disponibilidade técnica no início da próxima década, quando se espera que a NASA decida qual o tipo de sistema de geração de energia será utilizado na superfície lunar," diz ele.

Aproveitamento do calor

Os estudos vão se concentrar principalmente na tecnologia utilizada para o aproveitamento do calor gerado pelo reator nuclear. Dois enfoques principais têm a preferência dos engenheiros da NASA. O processo de avaliação das duas opções deverá durar um ano, quando uma delas será escolhida.

O primeiro utiliza dois motores de pistões opostos acoplados a alternadores. Cada um dos pistões consegue movimentar alternadores capazes de gerar 6 kilowatts, com um total de 12 kilowatts para cada motor instalado.

O segundo conceito utiliza um motor Brayton de ciclo fechado, que utiliza uma turbina de alta velocidade e um compressor acoplado a um alternador rotativo. Cada unidade destas também é capaz de gerar 12 kilowatts de potência.

Reator subterrâneo

O reator nuclear lunar, por ter menos potência do que os utilizados nas usinas nucleares terrestres, também tem um projeto mais simples. Suas dimensões não são muito maiores do que uma lata de lixo de escritório, dispensando as grandes torres de concreto de isolamento vistas nas usinas da Terra.

O reator propriamente dito ficará enterrado, utilizando o solo lunar como uma proteção contra a radiação. Os motores ou turbinas, que converterão o calor em eletricidade, ficarão instalados em uma torre acima do reator. As grandes aletas que se pode ver na ilustração serão responsáveis pela dissipação de qualquer calor que não tenha sido aproveitado na geração de eletricidade.

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sujos e Sábios

Filme dirigido por Madonna será exibido no Festival do Rio

Por www.mixbrasil.com.br


O primeiro filme dirigido por Madonna vai ser exibido no Brasil nos próximos dias. "Filth and Wisdom", traduzido como Sujos e Sábios, vai contar com sessão especical no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, marcado para os dias 25 de setembro a 9 de outubro. A data de exibição do filme e as salas ainda não foram divulgados. Em Berlim, quando foi exibido pela primeira vez (e com a presença da blonde ambition) o filme causou geral. A gigantesca fila para a sessão de apresentação à imprensa resultou em um empurra-empurra que chegou a fugir ao controle da segurança do Festival. Após a exibição, ao chegar à sala de entrevista lotada de 300 jornalistas, Madonna foi saudada com palmas, como sinal da boa aceitação por parte da imprensa. Durante a entrevista, a pop star, que é co-autora do roteiro com Dan Cadan, declarou que seu filme é sobre a "dualidade da vida" e que pretende continuar fazendo filmes.


"Queria contar uma história divertida, que se passasse em Londres e que tivesse algo em que acredito. E acredito que contar uma história sobre pessoas que lutam para construir algo na vida é sempre interessante. É uma vida de dualidades. É a dualidade que eu quero destacar no mundo de hoje. Há, muitas vezes, sabedoria na imundície. E imundície na chamada sabedoria", afirmou a cantora, fazendo referência ao título do longa ("filth" é imundície, sujeira, em inglês, e "wisdom", sabedoria).


"É claro que muito da minha formação está nesse filme", continuou. "Eu me lembro que a primeira vez na vida em que não me senti uma completa estranha e boba foi quando um professor meu, que era gay, me convidou para ir a um bar gay. E lá, naquele lugar, que a priori seria tão estranho para mim, eu me senti igual, não isolada."


O filme, que traz no elenco o ucraniano Eugene Hutz, líder da banda ucraniana de gypsy punk, Gogol Bordello, e as atrizes Holly Weston e Vicky Mclure, narra a história de três pessoas que sonham e lutam para construir uma vida melhor. "Para chegar ao céu, antes você tem de ir ao inferno", afirmou Eugene, protagonista da produção.

Nonsense Man

Imagine a man,

Tired,

Thin,

Weak,

Without Love,

Love,

Not a Lot of,

He needs a specific Love,

A Man,

Who cries for him,

A Man...

His Life is short,

Quickly,

The speed of his heart,

is Nonsense.


Escrito por Marcelino Alves.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Presidente Simpatizante

Lula afirma na TV ser favorável à união homossexual

Por www.mixbrasil.com.br
Foto: Reprodução


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite da última quarta-feira (17) em entrevista à TV Brasil, ser à favor da união entre pessoas do mesmo sexo.

"Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária. Constróem uma vida juntos, trabalham juntos e por isso eu sou favorável. Por isso, eu acho que nós temos que parar com esse preconceito. Que cada ser humano viva sua vida do jeito que bem entender, desde que não moleste a vida dos outros", disse o presidente.

Lula disse ainda que o importante para o País é que a população seja composta por cidadãos conscientes de seu papel na construçao do Brasil, e não a sua sexualidade. "O resto é problema deles e eu sou defensor da união civil", afirmou.

Sobre temas como a adoção de medidas que possam facilitar a vida dos homssexuais que vivem em família, como a concessão de pensões previdenciárias e outros benefícios, Lula disse que várias câmaras de vereadores já aprovaram, várias câmaras legislativas também e há vários projetos no Congresso Nacional. "Eu participei da Conferência Nacional (LGBT), e uma coisa que me cala profundamente é por quê os políticos que são contra não recusam os votos deles (homossexuais); por que o Estado brasileiro não recusa os impostos de renda que eles pagam? Olha, nós temos que tratar sem nenhuma discriminação a vida que cada um leva dentro de casa. Se o parceiro que quer ter é mulher ou homem é problema deles", completou.

Lula já havia demonstrado sua opinião sobre o tema durante seu discurso na abertura da 1ª Conferência Nacional GLBT, que aconteceu em Brasília em junho deste ano.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Jornal inglês elege San Francisco a melhor cidade para gays

O jornal inglês The Independent elegeu a californiana San Francisco a melhor cidade do mundo para lésbicas e gays viverem, ao mesmo tempo em que escolheu a Arábia Saudita como o pior país para esta população.

Segundo a publicação, San Francisco conquistou o topo da lista por seu longo histórico de inclusão das minorias sexuais em diversos setores da sociedade e pela recente aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo no estado da Califórnia.

Apesar de a homossexualidade ter sido legalizada no país apenas em 1984, a australiana cidade de Sydney conquistou o segundo lugar na eleição do Independent. Mesmo não permitindo o casamento gay, o jornal afirma que a cidade oferece um altíssimo nível de visibilidade para lésbicas e gays.

O terceiro lugar ficou com outra cidade americana, a cosmopolita Nova York. Para o Independent, a Big Apple é uma cidade onde lésbicas e gays de todas as idades e raças estão tão integrados ao mercado de trabalho e à política de tal forma que a sexualidade é quase sempre o item menos significante. Apesar de serem ilegais por lá, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados nos estados de Massachusetts ou Califórnia - ou ainda no Canadá - para nomear apenas alguns, são reconhecidos em Nova York.

As cidades que completam a lista das 10 melhores são:

4º- Mykonos, Grécia. A ilha atrai pencas de gays.
5º- Paris, França: Lésbicas prosperam na Cidade Luz.
6º- Barcelona, Espanha: Casamento gay legalizado em 2005.
7º- Amsterdam, Holanda: Primeiro país a legalizar o casamento gay.
8º- Londres, Inglaterra: Os ingleses oferecem uniões civis e adoções.
9º- Copenhagen, Dinamarca: A cidade receberá o World Outgames em 2009.
10º- Berlim, Alemanha: Pelo prefeito gay e pela primeira casa para gays idosos do mundo.

Os piores países para lésbicas e gays, segundo o Independent são Arábia Saudita, Irã, Jamaica, Afeganistão e Nigéria; nesta ordem.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Brockeback Mountain é eleito o filme gay mais popular


Foto: Reprodução


O filme "O Segredo de Brockeback Mountain" foi eleito o mais popular entre os filmes que apresentam temáticas gays, segundo uma pesquisa eletrônica realizada pelo site AfterElton.com. A obra literária adaptada para o cinema pelo diretor Ang Lee foi protagonizada pelos atores Jake Gyllenhaal e Heath Ledger, falcido em janeiro deste ano por uma overdose de remédios.

O segundo e terceiro lugar ficou, respectivamente, com o filme "Beautiful Thing" (Uma Delicada Relação) e "Shelter" (De Repente, Califórnia). A produção australiana "As aventuras de Priscila, Rainha do Deserto" apareceu em 10º.

Confira a lista dos 10 mais votados
1) O Segredo de Brokeback Mountain
2) Delicada Atração/Beautiful Thing
3) De Repente, Califórnia/Shelter
4) Latter Days
5) Maurice
6) Truques da Paquera/Trick
7) Saindo do armário/Get Real
8) Big Eden
9) Clube dos Corações Partidos/The Broken Hearts Club
10) As aventuras de Priscila, Rainha do Deserto

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

madonna quer um filho brasileiro

madonna-children.jpg

OK. Lá vem mais história… Segundo o tablóide britânico The People, Madonna vem para o Brasil não só para fazer quatro shows, mas também para adotar uma criança brasileira.

“O casal [Guy Ritchie e Madonna] abandonaram os planos de trazer uma criança da África ou da Índia e agora estão pensando no Brasil”, escreveu o jornal.

“Madge, 50, está consultando guias espirituais da cabala para decidir onde adotar. Ela já tinha escolhido uma menina de três anos do Malauí chamada Mercy James. (…) O Brasil foi mencionado, mas Madonna ainda não fez contatos com as agências de adoção do país”.

Ela vai ter bastante tempo pra fazer isso por aqui. Madonna passará quase uma semana no Brasil, em dezembro, fazendo shows.

É o suficiente pra ela escolher uma criancinha brasileira pobre que precisa de cuidados de uma rainha do pop. Se ela der uma volta por Copacabana, tenho certeza que ela volta pra Londres com umas 50 crianças agarradas no pescoço. Fikdik.

(dica da Mari - via Toda Mídia)


[PUBLICADO EM madonnanobrasil, música ÀS 8:26 pm DO DIA 8 September]

http://www.papelpop.com

Tribo indígena dos EUA legaliza casamento gay




A tribo indígena norte-americana Coquilles, do Estado do Oregon, foi a primeira tribo nativa dos Estados Unidos a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. E já tem até o primeiro casal disposto: as lésbicas Kitzen Branting e Jeni Branting vão oficializar sua união na tribo no ano que vem.

Analistas jurídicos dizem que a decisão da tribo pode ser considerada inconstitucional, já que o Oregon não reconhece a união homossexual. Mas os líderes Coquilles argumentam que possuem seu próprio sistema legal e que a decisão é válida. As outras tribos não estão obrigadas a seguirem a iniciativa.

domingo, 7 de setembro de 2008

Boa Alternativa!

Polícia canadense cria disque-homofobia

www.mixbrasil.com.br

O Canadá saiu na frente e instalou o primeiro serviço telefônico específico para receber denúncias de homofobia na América do Norte. O disque-denúncia foi criado pela polícia da região de Peel Region, subúrbio de Toronto que tem cerca de 2 milhões de habitantes. A polícia pretende que o serviço ajude na criminalização da homofobia.Quem sofrer algum tipo de agressão, física ou verbal, ou qualquer outra maneira de discriminação, pode ligar 911 e contar com a ajuda policial. Segundo estatísticas, cerca de 250 mil LGBTs vivem nessa região, mas mudam para outras localidade com medo da violência quando se casam.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Premio Jabuti

Mais importante prêmio literário do Brasil seleciona romance gay de Marco Lacerda como finalista

Por www.mixbrasil.com.br



Em sua 50ª edição, o Prêmio Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil, escolheu com mais 199 finalistas o romance gay “As flores do Jardim da nossa Casa” (Editora Terceiro Nome), do escritor e jornalista Marco Lacerda, na categoria Romance. A seleção foi feita na quinta-feira, 28, pelos 60 membros do júri do concurso, na Câmara Brasileira do Livro (CBL), em São Paulo. Os três vencedores de cada uma das 20 categorias do prêmio serão conhecido no dia 23 de setembro.

"As flores do Jardim da nossa Casa” é o terceiro livro de Marco, que já publicou também "Clube dos Homens Bonitos" (Editora Objetiva,1996) e "Favela High-Tech" (Scritta Editorial, 1994), que vai virar filme pela Gullane Filmes. O romance é autobiográfico e narra o triste episódio em que Lacerda teve seu apartamento nos Jardins, em São Paulo, assaltado e ficou amarrado até ser solto por dois amigos que chegaram no local.

Esse assalto com requintes de crueldade em pleno dia em que completava seus 40 anos serve de fio condutor para a narrativa de Marco. O texto é ágil, sem respiros, e envolve o leitor de um modo que sempre o deixa sem a certeza de saber se aquilo é realidade ou ficção. Obra para ser lida de uma vez só, para não ficar cheio de curiosidades.

O júri do prêmio analisou 2.141 obras (4% a mais do que na última edição) publicadas em 2007. Os vencedores serão conhecidos no dia 23 de setembro, mas as estatuetas serão entregues no dia 31 de outubro, na Sala São Paulo. A premiação total do Jabuti 2008 é de R$ 120 mil, sendo que o primeiro lugar de cada uma das 20 categorias recebe R$ 3 mil. Os autores dos melhores livros do ano de Ficção e Não-Ficção recebem R$ 30 mil cada um.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Filmes necessários !!!!!!

Brokeback mountain
The Bubble
Save Me
Delicada Relação
Café da manha em plutão
Queer as Folks (Seriado)
The L World (Seriado)
Another Gay Movie
Festim Diabolico
Eclipse de uma paixão
Eating out 1 e 2
Boy Coutulre
Tiresia
Bent
Baby Love ( Francês)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Divas a caminho

Depois de Cyndi Lauper e Madonna, Kylie Minogue também poderá se apresentar no Brasil
Por www.mixbrasil.com.br


Parece que 2008 os aeroportos do Brasil verá o maior sobe e desce de divas da música pop. Depois da confirmação dos shows de Cyndi Lauper e Madonna no final do ano, a expectativa agora é para que Kylie Minogue também aterrisse na mesma época por aqui.

A primeira a se apresentar é Cyndi Lauper, em novembro. Ícone do cenário musical na década de 80, a cantora estourou nas paradas com o single "Girls Just Want To Have Fun", em 1983, e já visitou o país em duas ocasiões: em 89 com a "A Night To Remember World Tour" e em 95 com o show "Twelve Deadly Cyns World Tour". Além de antigos sucessos, ela apresentará na turnê canções do novo trabalho "Bring Ya To The Brink". O álbum foi feito em parceria com alguns dos melhores produtores da dance music e traz sucessos como "Same Ol' Story", atual música de trabalho.

Em dezembro é a vez de Madonna e a sua "Sticky & Sweet Tour" chegarem ao país. Ancorada no repertório do CD mais recente, "Hard Candy", ela volta depois de quinze anos quando chocava o mundo com o cabaré instalado no "The Girlie Show". Nesta nova turnê, a pop star traz hits do passado como "Borderline", "Into the Groove", "Vogue" e "Like a Prayer", além de sucessos atuais como "4 Minutes" e "Give It 2 Me".

Para fechar o pacote, a nova especulação é a vinda da australiana Kylie Minogue. Ela já esteve no Rio de Janeiro em 1992 para a gravação do clipe "Celebration", mas ainda não veio para fazer shows. Em maio, na França, iniciou a turnê "KylieX2008", baseado no álbum "X", lançado em 2007. Com a confirmação das apresentações na Argentina e no Chile, em novembro, espera-se que finalmente ela dê o ar da graça por aqui durante o Festival Planeta Terra. De acordo com a Assessoria de Imprensa da EMI Music Brasil, até o momento nada foi confirmado. Ou seja: rezem, façam figa ou apelem para todos os santos. Mas, caso ela não venha, é só se programar e dar um pulinho nos nossos vizinhos sul-americanos.

Cyndy Lauper - "True Colors Tour 2"
11/11 - Belo Horizonte
13/11 - São Paulo
15/11 - Rio de Janeiro
17/11 - Curitiba
19/11 - Porto Alegre

Kylie Minogue - "KylieX2008"
Brasil - a confirmar
13/11 - Chile
15/11 - Argentina

Madonna - "Sticky & Sweet Tour"
14/12 - Rio de Janeiro
18 e 20/12 - São Paulo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Classe média vai crescer mais

Até 2010, cem milhões de pessoas terão migrado para a classe média no mundo. A estatística faz parte de um estudo encomendado pela General Eletric com o objetivo de entender de onde veio e virá o crescimento no mundo a partir de 2002. “Até agora, 65 milhões já mudaram de patamar.

Um terço deles no Brasil”, afirma o vice-presidente de marketing para a América Latina da GE, João Geraldo Ferreira.

Na sede da GE, nos Estados Unidos, poucos poderiam imaginar essa mudança rápida em pouco tempo. O País era relegado a segundo plano na gestão de Jack Welch. No primeiro trimestre, o faturamento da operação local aumentou 87% e, no segundo, 41%. “Para a GE, a América Latina é maior do que China e Índia juntas”, diz Ferreira.

Entre este e o próximo ano, a companhia vai instalar três fábricas no Brasil. A de locomotivas foi inaugurada em maio. Uma de equipamentos para a área de saúde deve começar a funcionar em 2009. A terceira fábrica produz máquinas de purificação de água. Os números nem sempre falam por si. Os brasileiros da GE começaram a estimular visitas de executivos estrangeiros ao País para fazer com que a matriz reconheça o potencial local. “O americano, quando conhece o Brasil, leva um choque ”, diz.

O País nunca recebeu tantas visitas de presidentes mundiais e executivos de alto escalão de empresas estrangeiras. Com um discurso invariavelmente igual, eles vêm para reafirmar o interesse pelo mercado. Virou clichê dizer que o Brasil é estratégico para as mais diversas companhias, desde a Pepsi até a grife Diesel.

A Pepsi veio ao País neste mês para anunciar aporte de US$ 450 milhões até 2013. A Diesel abriu aqui, há duas semanas, a sua maior loja no mundo. “O Brasil tem seu mérito nesse cenário, mas eu somaria a isso o fato de a economia lá fora não estar boa.

Se todo o mundo estivesse bem, o País não brilharia tanto”, diz a sócia da consultoria KPMG, Marienne Munhoz.

O grau de investimento também serviu como uma chancela para empresas de menor porte e fundos de pensão e de investimento tentarem a sorte por aqui.

“No passado, o perfil das empresas que procuravam o Brasil era muito diferente do das atuais.

Empresas como as montadoras e a Nestlé tinham estrutura para suportar investimentos com retorno de longo prazo”, diz.

Segundo pesquisa anual da KPMG, de junho deste ano, o Brasil aparece como oitavo principal destino das empresas. Nos próximos cinco anos, sobe para a sexta posição, atrás de China, EUA, Rússia, Índia e Reino Unido. Por muitas décadas, o Brasil sequer era citado nos balanços das multinacionais.

Hoje o País ganhou status de queridinho. Na Unilever, o Brasil já é o terceiro maior mercado. Estava em sétimo lugar há dois anos. Em alguns casos, o lucro gerado aqui está ajudando a pagar a conta das problemáticas operações nos seus países de or igem.

A Volkswagen anunciou na quinta-feira que o Brasil passou a Alemanha pela primeira vez em número de carros vendidos. Agora, só perde para a China. Na Fiat, Ford e GM, a subsidiária também escalou posições numa velocidade espantosa. Em termos absolutos, o Brasil tende a receber menos investimentos porque já é um país relativamente maduro em relação aos outros BRICs (Índia, China e Rússia). Até 2007, o estoque de investimento representava 20,8% do PIB.

Fonte: A Tarde

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

D&G

Domenico Dolce (& Gabana) - um casal que virou logomarca poderosa

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A safra de 1958 _ ano do cachorro no horóscopo chinês e regido pelo arcano 5 do Tarot, o Papa_ foi excelente. As energias deviam estar muito harmonizadas, pois os frutos que ali brotaram são da melhor qualidade. Morto o papa Pio XII, assumiu no Vaticano o progressista João XXIII (Giuseppe Roncalli) autor da encíclica sobre os problemas da vida social contemporânea, a Mater et Magistra, que sacudiu as estruturas da Igreja. O submarino nuclear US Nautilus foi o primeiro a atravessar o Pólo Norte sob a água. O Chade, a República do Congo, Gabão e República Centro-Africana se tornaram independentes da França.

Aqui no Patropi, nasceu a Bossa Nova, ganhamos a primeira Copa do Mundo e perdemos, para sempre, o tal "complexo de vira-lata" em se tratando de futebol, como dizia o grande Nelson Rodrigues. O primeiro carro fabricado pela indústria nacional, um Fusca, começou a rodar pelas ruas da pátria. Nasceram para as artes Madonna, Michael Jackson, Cazuza, Lúcia Veríssimo, Eduardo Dusek. E, entre tantos talentos daqui e lá de fora, ele que é tema de nossa mini-mini biografia de hoje: Domenico Dolce. Em 1985, com seu sócio nos negócios e até agora ex-companheiro na vida pessoal, Stefano Gabana, revolucionou o mundo da moda, criando uma grife que hoje emprega cerca de 3.140 pessoas.

O destino os uniu, a vida os tornou logomarca
Domenico Dolce nasceu em Polizzi Generosa, perto de Palermo, na Sicília, no dia 13 agosto de 1958. Filho de um alfaiate, cresceu trabalhando na loja do pai cortando e costurando. A mãe era comerciante na cidade natal, onde vendia roupas, acessórios para costura, enxovais de cama e mesa, lingeries e aviamentos de armarinho. Desde cedo, o pequeno Dolce fazia roupas de casamento para bonecas e daí a tornar-se um impecável costureiro com grande competência para o corte, foi um pulo... Matriculou-se numa universidade e começou a estudar Ciências, mas a rotina se tornou enfadonha demais para a mente tão criativa. Transferido para um curso de artes gráficas, ali se realizou. Logo se mudou para Milão em busca da fama e da fortuna.

Começou num estúdio de design e aí, meus leitores, não tem jeito: obrigatoriamente tenho que anexar ao texto a figura de Stefano Gabana, milanês, nascido em 14 de novembro de 1962, também formado em design industrial. Os dois trabalhavam na mesma empresa e iniciaram uma vida afetiva pós-expediente. Depois de um ano e meio juntos, decidiram abandonar o emprego remunerado, o ordenado certo no fim do mês e se lançaram no mundo fashion. Enquanto desenvolviam sua marca, continuaram a fazer design freelancer. Em 1995, a Camera Nazionale - órgão governamental de Milão que se ocupa da moda e se dedica a prospectar talentos - convidou a dupla para desfilar a primeira coleção de roupa feminina. Batizada de "Royal Woman", desfilou durante a semana de moda da cidade.

Design (tendo a moda como seu mais importante conceito) tem sido, ao longo da história, um dos principais produtos de exportação de Milão. A junção das forças fez nascer, na hora certa, a marca Dolce & Gabana, que logo se expandiu com coleções de roupas de praia, lingerie, bolsas, óculos de sol, sapatos e uma linha masculina de perfumes. A primeira loja foi aberta em 1989, em Tóquio, e só em seguida vieram as de Milão e Hong Kong. Em 2005, o par terminou a relação mas continuou a parceria profissional, abrindo em outubro do ano seguinte o restaurante "Gold", na Via Poerio, com o interior totalmente dourado.

Em 2008, a fragrância Light Blue Pour Homme recebeu o primeiro prêmio na Academia del Profumo Italiano e o Fifi Award, o Oscar dos Perfumes nos Estados Unidos. A Maison D&G veste as mais charmosas personalidades do mundo, entre elas Tom Cruise, Brian Ferry, Brad Pitt, Bruce Willis, Isabella Rossellini, Demi Moore e Nicole Kidman. Mas a favorita continua sendo Madonna, outra maravilha da safra de 58 - e a admiração e carinho entre os três são recíprocos.

Villa Volpe
Situada no coração de Milão, a Villa Volpe - residência oficial dos amigos - um palazzo do século 19, é a emblemática prova de sucesso na vida. Quem chega ao patamar de D&G pode se dar ao luxo de ser cafona por hobby. A Villa é sempre alvo de muita fofoca na imprensa internacional que descreve o espaço como kitsch, com papel de parede de oncinha nos closets, tapetes de seda violeta, sofás de veludo vermelho e um corredor iluminado por candelabros de igrejas. Extravagâncias consentidas à parte, o discurso da dupla sempre foi muito coerente. Em entrevista citadíssima ao "The Guardian Weekend Magazine", Dolce declarou: "A sociedade de hoje é que separou homens e mulheres e os tornou tão diferentes. Seria bom que as pessoas dessem um mergulho interior para descobrir a pequena parte do outro sexo que existe dentro de cada um. Não tem nada a ver com sexualidade ou com ser gay. Todos nós temos esse lado".

Informação de última hora: Segundo as últimas matérias publicadas por ocasião do cinquentenário, Domenico e Stefano estão, nesse momento, retomando o relacionamento. Todos saem ganhando, principalmente o mundo da moda.

ORLAN

www.orlan.net

O CORPO COMO OBRA DE ARTE

Em conferência no MAM, a artista francesa ORLAN, ícone da body art, fala sobre seu polêmico trabalho de modificação do próprio corpo

Conferência
21 de agosto, 19h
Casarão do MAM


THIS MY BODY... THIS IS MY SOFTWARE BETWEEN WESTERN CULTURE AND NON WESTERN CULTURE (Esse meu corpo… Esse é meu software entre a cultura ocidental e a cultura não ocidental). Este é o título que a artista francesa ORLAN escolheu para a sua conversa com o público soteropolitano, na Conferência que acontece no dia 21/08, às 19h, no Casarão do Museu de Arte Moderna da Bahia.

Na Europa, ORLAN (que assina assim, sem sobrenome e em letras maiúsculas) conquistou celebridade com seu controverso trabalho, usando o próprio corpo como parte dele. Ela levou a experiência de abordagem e estetização da própria imagem a níveis impressionantes. Através de cirurgias plásticas e de técnicas de body modification, a artista usa o corpo como suporte para seu trabalho e há décadas gera muita polêmica.

“A própria ORLAN define seu trabalho como uma coisa radical. Ela trata da transformação e utilização do próprio corpo de uma maneira muito ousada, que propõe uma fusão definitiva entre arte e corpo.” Afirma o artista visual Ayrson Heráclito, que na sua gestão como diretor de Artes Visuais da Fundação Cultural do Estado da Bahia incorporou a categoria body art nos editais da instituição.

Através da auto-referência e da auto-transformação (carnal art) - numa experiência diferente de egotismo - a artista busca usar o poder da arte (que, de alguma maneira, sempre “inventou” o corpo) para rediscutir o que entendemos como “natural” e como “belo” - conceitos que se transformam ao longo da história, tanto no campo das Artes, quanto da Filosofia. Muitos artistas se dedicaram a retratar o corpo humano e muitos outros se dedicaram obsessivamente à própria figura. ORLAN faz parte desse time.

A artista diz nunca ter se reconhecido diante de um espelho. Desde 1964 ela usa a própria imagem em fotografias e performances. Em 1990, ela realizou uma série de intervenções cirúrgicas para se transformar em um novo ser, inspirado em várias entidades femininas do ideário coletivo: Vênus, Diana, Europa, Psique e Monalisa. A idéia era chamar a atenção para a noção de beleza feminina construída no ocidente – muitas vezes, para o prazer do homem.

ORLAN aponta para o futuro: o pós-humano. Para tanto, toma o corpo (o dela e de outros) como o verdadeiro objeto da arte e o ponto de partida para as reflexões presentes em suas criações. ORLAN, ou “Saint Orlan” (Santa Orlan - nome que escolheu para um de seus “personagens”) é, na verdade, um alter-ego artístico. E ela sempre se separa dele para depois poder reinventá-lo, transformando-o em um auto-retrato radical, híbrido, uma auto-escultura.

sábado, 16 de agosto de 2008

Parabéns para "A" diva

Madonna faz 50 anos e o Mix relembra toda a discografia da cantora
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O dia 16 de agosto não um dia qualquer. Não pelo menos para os fãs da cantora Madonna. É nessa data que ela, considerada a maior artista pop feminina de todos os tempos, completa 50 anos. Ao longo dos 25 anos de carreira foram vendidos mais de 207 milhões de CD's e arrecadados, aproximadamente, 560 milhões de dólares em turnês.

Tudo teve início em 1983 quando uma voz começou a ser ouvida pelos clubes de Nova York. A jovem garota que veio do Michigan, Estados Unidos, estreou no mundo pop com o primeiro trabalho intitulado "Madonna". Ela dizia que o disco se chamava assim porque queria ser lembrada apenas pelo nome, como Cher. Dentre os hits estão "Lucky Star", "Borderline", "Holiday", "Burning Up" e "Everybody".

Com o sucesso do primeiro LP (nossa, como faz tempo isso) a expectativa era pelo o que viria mais à frente. Eis que foi lançado "Like a Virgin". O álbum vendeu mais de 10 milhões de cópias só nos Estados Unidos e dele surgiram clássicos como a própria "Like a Virgin" e "Material Girl" (que não por acaso se tornou um apelido para ela), além de "Angel", "Dress You Up", "Into the Groove" e "Love Don't Live Here Anymore". Em 1985 saiu em turnê pela primeira vez pelos Estados Unidos e Canadá com a "The Virgin Tour", que teve como base os dois primeiros álbuns lançados.

Mesmo com o sucesso, muitos ainda apostavam que ela não teria fôlego para um terceiro lançamento. Quem apostou se deu e muito mal. "True Blue" se tornou o disco mais vendido de Madonna até hoje. Dele saíram "Live to Tell", "Papa Don't Preach", "True Blue", "Open Your Heart" e "La Isla Bonita". Chegou nas lojas em 1986 e foram vendidos mais de 17 milhões no mundo inteiro. Uma vez descoberta a mina de ouro com a turnê anterior, mais uma vez não se fez de rogada e rodou o Japão, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Holanda, França e Itália com a "Who's That Girl Tour", em 1987.

Voltando aos estúdios, gravou "Like a Prayer", o quarto álbum. Confusões com a Igreja e o cancelamento do comercial da Pepsi foram algumas das polêmicas originadas a partir dele. Sucessos como "Like a Prayer", "Express Yourself", "Cherish", "Oh Father", "Dear Jessie" e "Keep It Together" fazem com que ele seja considerado um dos principais trabalhos da cantora. Tanto que, em 2006, foi eleito pela revista "Time" como um dos melhores álbuns de todos os tempos.

Mas em 1990 surgiu aquela que é considerada pela revista "Rolling Stone" como a "mais elaboradamente coreografada, extravagantemente sexual e provocativa turnê por ter mudado e revolucionado o mundo dos shows". Quem não lembra da "Blond Ambition" e Madonna cantando "Like a Virgin vestida em um espartilho dourado, com o sutiã em formato de cone, desenhado por Jean-Paul Gaultier? Pois é... Tudo foi devidamente registrado e levado às telonas no documentário "Na Cama com Madonna", com direito à antológica cena do sexo oral numa garrafa.

Sem dúvida nenhuma os anos 90 foram os mais sexuais na carreira da cantora. A prova está com "Erotica" ("Erotica", "Deeper and Deeper", "Bad Girl", "Fever", "Rain" e "Bye, bye Baby"). Junto com o disco vieram o livro "Sex" e a turnê "The Girlie Show". Com mais que os dois pés dentro do erotismo o show contou com estilo Madonna na época: circo, androgenia e muito, muito sexo. Por sinal foi a primeira e única vez que Madonna veio ao Brasil em 1993.

A grande pergunta, depois de "Erotica", era se ela continuaria na fase deusa do sexo. Com o lançamento de "Bedtime Stories" quem esperava por essa continuidade se decepcionou. O álbum trouxe uma Madonna mais calma, que nada lembrava o furacão sexual do início da década de 90. "Secret", "Take a Bow", "Bedtime Story" e "Human Nature" são os sucessos deste trabalho.

Numa fase totalmente zen a pop star lançou o premiadíssimo "Ray of Light" em 1998. Com "Frozen", Ray of Light", "Drowned World", "The Power of Goodbye" e "Nothing Really Matters" o sucesso internacional foi imediato e Madonna conquistou 4 prêmios Grammy. Dois anos depois, "Music" deu continuidade à linha eletrônica do trabalho anterior e trazia um look country na capa. A faixa-título era um convite para as pessoas se jogarem na pista de dança. Outros sucessos do álbum foram "What It Feels Like for a Girl", "American Pie" e "Don't Tell Me". Depois de um hiato de 8 anos sem cair na estrada, ela estreou a "Drowned World Tour" em 2001, que percorreu apenas seis países e faturou 75 milhões de dólares.

Mais um lançamento chegou e as controvérsias vieram junto com ele. "American Life" não agradou muito à crítica e teve uma vendagem nada expressiva em se tratando de Madonna. Mesmo assim conseguiu emplacar nas paradas as canções ""Hollywood", "Love Profusion" e "Die Another Day", além da faixa que deu nome ao álbum. Numa tentativa de camuflar o fracasso do CD foi programada a "Re-Invetion Tour", que obteve lucro de 122 milhões de dólares e foi considerada pela revista "Billboard" a Melhor Turnê de 2004.

Decidida a invadir as pistas, ela lançou "Confessions on a Dance Floor", um dos seus melhores trabalhos de acordo com a crítica especializada. Com o carro-chefe "Hung Up", além de "Sorry", "Get Together" e "Jump" voltou a reinar na parada pop internacional e enterrou de vez o combalido "American Life". Não bastasse todo o sucesso, caiu na estrada com a "Confessions Tour", responsável por números grandiosos: arrecadou 200 milhões de dólares em quatro meses de turnê, o que a transformou na mais rentável da história da música feita por uma artista.

O mais recente trabalho é "Hard Candy". Nele, Madonna mudou completamente o foco do disco anterior. Com vontade de recuperar o prestígio dentro do mercado norte-americano ela mergulhou na sonoridade urbana e se aliou a pesos-pesados do atual cenário da música: Timbaland, Pharrell e Justin Timberlake. O resultado agradou a uns e não agradou a outros. O fato é que foi uma visita numa praia completamente nova para ela. A música "4 Minutes" alcançou o primeiro lugar em diversas paradas no mundo inteiro e "Give It 2 Me" também fez muita gente dançar por aí. Se você pensa que parou por aqui está enganado. Em poucos dias entra em cena a "Sticky & Sweet Tour", que promete quebrar qualquer recorde anterior e, segundo rumores, estão praticamente certas quatro apresentações dela por aqui.

Até quando ela vai ter fôlego? Isso ninguém sabe. O que se pode afirmar é que com números gandiosos e um sucesso que não dá nenhum sinal de que está perto do fim, Madonna é mais que um ícone do mundo pop. É uma artista que não precisa provar a ninguém o que ainda pode e é capaz de fazer.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Curiosidade

Maior romance de colagens.

Woman's world's novel(2005), deGraham Rawle(Reino Unido), contém 437 paginas de prosa cortada e colada de 1.208 diferentes revistas femininas dos anos 1960. O auotr precisou de cinco anos para completar seu trablho monumental.

Fonte: heheheheh big big.

Antologia SADOMASÔ.

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De Machado de Assis a Gustavo Vinagre, editora Dix reúne contos sadomasoquistas brasileiros


A Dix Editorial está lançando uma antologia de contos muito interessante. A "Antologia SM" une pela primeira vez no país obras de autores clássicos como Machado de Assis e José de Alencar, a talentos da nova geração, como Gustavo Vinagre e Marcelino Freire. Além deles, a antologia conta com contos de João Silvério Trevisan, Ronaldo Bressane e Ademir Assunção, entre tantos.

Confira lista dos autores participantes da Antologia SM.

José de Alencar
Machado de Assis
Valentim Magalhães
Cruz e Sousa
João do Rio
Augusto dos Anjos
Pedro Xisto
Wilma Azevedo
Glauco Mattoso
Delmo Montenegro
Claudio Daniel
Antonio Vicente Seraphim Pietroforte
Joca Reiners Terron
Marcelo Sahea
Virna Teixeira
Luiz Roberto Guedes
Horácio Costa
Del Candeias
Frederico Barbosa
Ana Rüsche
Dirceu Villa
Contador Borges
Marcelo Tápia
Luís Venegas
Ivana Arruda Leite
Leila Míccolis
Renata Belmonte
Flávia Rocha
Adelice Souza
Leo Pinto
Ceguinho do Ceará
Victório Verdan
João Silvério Trevisan
Hugo Guimarães
Gustavo Vinagre
Ronaldo Bressane
Pedro Tostes
Marcelo Mirisola
Caco Pontes
Mário Bortolotto
Ademir Assunção
Marcelino Freire
Leandro Leite Leocadio
Berimba de Jesus

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pensamentos

"Acho que é uma sabedoria aceitar o outro como o outro é."
Saja, Filosofo.

"Atuar é como fazer sexo. Você não pensa, você faz. E ai pode ser bom ou ruim."
João Miguel, Ator brasileiro.

"As atitudes de um homem indicam como será sua vida"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bienal SP 2008 (temática Gay)

Fonte: www.mixbrasil.com.br

Como chique é ser inteligente e estar bem informado, fizemos o difícil trabalho de garimpar em meio aos 4.000 lançamentos desta edição da Bienal aqueles que falam direto ao público LGBT. Assim fica fácil para você ir direto ao ponto e não ficar perdido zanzando pelos corredores do Anhembi procurando o livro que te interessa.

Confira a lista:

Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar

A mão esquerda da Escuridão – Ursula K. Le Guin

A inaceitável ausência do pai – Cláudio Risé

História, mulher e poder – Gilvan Ventura da Silva, Maria Beatriz Nader e Sebastião Pimentel Franco

Cabeças de 2ª feira – Ignácio de Loyola Brandão

Da Cabula – coleção Literatura periférica – Allan da Rosa

Babado Forte – (reedição revista e ampliada) Érika Palomino

Amor a três – Regina Navarro Lins e Flávio Braga

As 10 mulheres que você vai ser antes dos 35 – Alison James

Um romance sentimental – Alain Robbe-Grillet

Gossip Girl 11 – não me esqueça – Cecily von Ziegesar

Sargaço – Ana Claudia Rêgo

Eternamente Ísis - O retorno do feminino ao Sagrado – Ramy Arany

Amores Impossíveis – Isabel Máxima

Madonna: Like an icon - Lucy O’Brien

O Preconceito em foco - Antonio Sampaio Dória

Um sonho de amor - Paulo Ferraz Simões

Duas Vidas: Gertrude e Alice - Janet Malcolm

Sexo Prazeroso: Manual do Proprietário - Christina Zacker

A arte de viver só - Florence Falk

O livro secreto do banheiro feminino - Jo Barrett

A rosa do inverno - Patricia Cabot

A Nova York de Sex and the City - Teté Ribeiro

Um olhar sobre a prostituição masculina - Andresa Martins Vicentini

Olhares de Claudia Wonder - Claudia Wonder

Um Estranho em Mim - Marcos Lacerda

Faz Duas Semanas que Meu Amor - Ana Paula El-Jaick

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Arte Cinética



A internet e o movimento Dadaísta têm tudo a ver: "a emoção indisciplinada enriquece a consciência"

Por Thereza Pires
fonte: www.mixbrasil.com.br

Estamos em Zurique e é 1916. Daqui, emerge um sopro de irreverência e moderrnidade. Em uma Europa ainda imersa nas misérias da primeira guerra mundial, o poeta romeno Tristan Tzara (foto) - perplexo com a violência, o absurdo das vidas perdidas e outras barbaridades causadas pelo conflito - decide reacender a esperança através da arte. E propõe uma atitude radicalmente diferente. Ele e outros companheiros que freqüentam o Cabaré Voltaire - pintores, escultores, músicos, escritores, cantores - trocam idéias e criam um movimento transgressor das regras vigentes que, convenhamos, não estavam mais dando lá muito certo. Nada de velharias, dessa vez, Uma nova expressão, escolhida ao acaso nomeia o movimento que atinge a Europa em cheio e vai, em futuro próximo, cruzar o Atlântico e encantar o fotógrafo Man Ray - O Dadaísmo.

Tudo indica que foi mesmo Tristan Tzara que cunhou o termo "dada" ao folhear um dicionário Larousse à procura de palavra sonora que pudesse ser dita em qualquer idioma. Dada - que sacudiu a cena artística entre 1916 e 1924 - em romeno, significa Sim, Sim e em francês, cavalo de pau.

Evoluiu para o Surrealismo, liderado por André Breton (1896-1966), poeta e crítico literário que marcou a "Diáspora" com o Manifesto Surrealista de 1924. O surrealismo, considerado manifestação popular da arte produzida por homossexuais, teve em Breton uma voz crítica demais, talvez para tentar pontuar sua masculinidade. Os dois movimentos - dada e surrealismo - escolheram temas de natureza fluída, mas densa,e realmente dificultam as interpretações de homoerotismo ou homossociabilidade.

"Arte sem amarras, liberdade total do pensamento"
Tristan Tzara foi a pedra angular do dadaísmo. Nasceu como Samuel Rosenstock (1896-1963), na Romênia, de família burguesa e privilegiada. O pai fazia prospecção de petróleo. Começou a vida literária aos 16 anos. A partir de 1913, o jovem artista muda o pseudônimo para Tristan Tzara: Tristan, da opera de Wagner e Tzara significa "terra" em romeno. Outra explicação para o pseudônimo é, em tradução livre, "Triste Terra", forma de protestar contra o tratamento dado aos judeus na Romênia. Em 1915, Tristan Tzara viaja para Zurique ao encontro de seu amigo íntimo Marcel Janco e para estudar filosofia. Mas logo se aborrece com as elocubrações e a preguiça estudantil se instala. Numa noitada, conhece Hugo Ball e, juntos, imaginam a criação do Cabaré Voltaire, um "centro de divertimentos artísticos". O sucesso é imediato com declamação de poesias, danças e música africana. O Cabaré é um palco para a renovação da arte: o panorama tradicional é descartado em benefício das transgressões artísticas. Vai nascendo o Dadaísmo e Tzara já aparece como a eminência parda do movimento.

É o triunfo da abstração. O alegre grupo procura "a alquimia mais íntima da palavra e mais além para preservar o domínio mais sagrado da poesia". O alemão Rudolph Huelsenbeck, que conhecera o dadaísmo ainda no nascedouro, declarou que Tzara era "um bárbaro do mais alto nível mental e um gênio sem escrúpulos". Mas seu empreendedorismo se revelou na programação do Cabaré Voltaire, na criação da revista do mesmo nome e na publicação do Manifesto.

Dada se manifesta "O luxo não é um prazer, mas o prazer é um luxo":
Estamos em Berlim e é 1918. É chegada a hora de oficializar o movimento que cresce mais do que as noitadas do Cabaré Voltaire poderiam entender. O grupo original está completo: pintura, colagem, fotografia e poesia e, daqui por diante, misturam-se as artes para dar originalidade ao projeto. Poemas se transformam em colagem de palavras, as palavras se fazem sonoras pela pesquisa da musicalidade e a musicalidade atravessa os sentidos. Nos poemas, a alegria do grupo deseja "reencontrar a alquimia mais íntima da palavra e superá-la para preservar a poesia em seu domínio mais sagrado". Julho de 1918 é a data oficial do Manifesto, um texto marcado pela irreverência contida no dadaísmo, verdadeiro "grito de vida, de harmonia e ilusão da juventude". Eis um pequeno extrato:

"Fé absoluta indiscutível em cada deus produto imediato da espontaneidade DADA salta elegante e sem perdas de uma harmonia a outra esfera(…) Liberdade: DADA DADA DADA gritos de dor crispante, entrelaçamento dos contrários, dos grotescos, dos inconseqüentes: A VIDA (…)

O
Manifesto conduz DADA à internacionalização. Picabia se junta ao grupo em Zurique e André Breton os acolhe em Paris.

Diaspora Dadaísta: "Nossa cabeça é redonda para permitir ao pensamento mudar de direção"
Em 1920, Dada se torna um produto de exportação. As obras de Marcel Duchamp (autor do famoso urinol ou Fonte, de 1917. nesse exato momento sendo exibido no MAM-SP), da Gioconda L.HO.O.Q e da Roda de Bicicleta "desestabilizam o establishment", com seus ready mades :simplesmente objetos do dia a dia que se tornam obras de arte. A justificativa de Duchamp é que um objeto comum escolhido pelo artista, tendo sido repensado, passa a ter sua função artística. Os Estados Unidos se juntam ao DADA nas pessoas de Man Ray (fotógrafo e cineasta) e Picabia, que pinta Rros Sélavy (Eros, c'est la vie) o alter-ego feminino de Duchamp. Em Paris, Eluard, Breton, Aragon e muitos outros se deixam seduzir por DADA, ainda que com a ajuda do absinto e do ópio para que a escrita se transforme em transe. A França, indignada, se levanta, protesta e condena: Maurice Barrès, (da extrema direita na época) se junta a Charles Maurras, ambos membros da Action Française. O réu é o dadaísmo, acusado de "atentado à segurança do espírito". Compreensível, levando-se em conta as cabeças da idade da pedra.

Abaixo, dois "agravantes" que poderiam se juntar ao processo:

1- Na Feira/ Missa Internacional Dada de 1920 os dadaístas berlinenses estão com total domínio nas colagens, fotomontagens e instalação e exibem nos cartazes ilustrados por um sub-oficial alemão-prussiano com cara de porco as frases: "DADA está ao lado do proletário revolucionário", "Abaixo a moral burguesa", "DADA é política", "Diletantes, revoltem-se contra a arte, abaixo a arte!".

- Na Rússia Maïakovski e Khlebnikov desejam criar novo vocabulário, o Zaoum "poesia transmental, com a linguagem liberada e sem entraves".

Todos os textos referentes ao dadaísmo estão conservados na Bibliothèque Jacques Doucet (amigo de Duchamp e Picabia) na Place du Panthéon 8/10 75005, Paris. Os princípios anárquicos do Dadaismo foram se ajustando e geraram novo surrealismo em 1924, mas o fim do movimento como atividade grupal aconteceu por volta de 1921. As correntes artísticas contemporâneas se adaptam perfeitamente ao espírito DADA.
O espírito DADA se adapta perfeitamente ao fascinante mundo da internet.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

The Garden.

A vida é um jardim de surpresas, todas elas nos acrescentam algo que de boa
ou má experiência, nos ensinam a viver de forma que tomemos conta de nossa
vida vendo que ela é um presente de Deus e que só nós somos dono dela.

Seja lá com quem nos envolvamos amorosamente ou de outra forma, nenhuma
destas pessoas são mais importantes que nós mesmos e devemos seguir nosso
coração para que no presente e no futuro e quando estes dois tornarem-se
passado, possamos olhar para nós mesmos e com orgulho dizer fiz o que fiz e
não me arrependo.

Sejamos donos de nossas próprias vidas e sempre se soerguendo mostrando pra
nós mesmos que o melho estaá por vir e o que no passado pode, falsamente,
ter nos enfraquecido torne-se aprendizado e fonte de crescimento, porque

Deus é bom e novas e melhores situações virão.

A vida é uma constante e perfeita evolução!!!!!!!!!

Não me deixes!

Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava:
"Ai, não me deixes, não!

"Comigo fica ou leva-me contigo
"Dos mares à amplidão;
"Límpido ou turvo, te amarei constante;
"Mas não me deixes, não!"

E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, não!"

E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"


Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"




*Gonçalves Dias.

Biografia de Gonçalves Dias.

Wikipedia link:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon%C3%A7alves_dias

terça-feira, 22 de julho de 2008

A função da Arte.

"A Arte tem assim uma função que poderiamos chamar de conhecimento, de "aprendizagem". Seu dominio é o do não-racional, do indivizivel, da sensibilidade: domínio sem fronteiras nitidas, muito diferente do mundo da ciência, da logica, da teoria. Domínio fecundo, pois nosso contato com a arte nos transforma. Porque o objeto artistico traz em si, habilmente organizados, os meios de despertar em nós, em nossas emoções e razão, reações culturalmente ricas, que aguçam os instrumentos dos quais nos servimos para apreender o mundo que nos rodeia."

Jorge Coli, O que é Arte. Ed. Brasiliense.

Pensamentos.

" Um quadro deve ser produzido como um mundo."

Charles Baudelaire.

A razão.

"Diferentemente do filósofo,
o artista não nos dá suas razões;
Ele se contenta em admirar e revelar."

Èmile Male.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Biografia de Jean Renoir.

Jean Renoir com Gabrielle Renard (pintura de Pierre-Auguste Renoir)

Jean Renoir com Gabrielle Renard (pintura de Pierre-Auguste Renoir)

Jean Renoir (15 de setembro de 1894, Paris12 de fevereiro de 1979, Beverly Hills, Califórnia) foi um cineasta, escritor, argumentista, encenador e ator francês.

Foi o segundo filho do pintor impressionnista Pierre-Auguste Renoir e de Aline Victorine Charigot. Criado entre as artes, Renoir cresceu envolvido pela sensibilidade artística em um apartamento cujas paredes eram abarrotadas de quadros do seu pai

Incompreendidos e subestimados no seu tempo, os seus filmes são hoje considerados entre as obra máximas da arte cinematográfica (cf. a opinião de Orson Welles, entre outros). Realizou nove filmes mudos e 27 falados. Suas maiores obras foram "A Grande Ilusão" de 1937, um sensível relato sobre as condições de vida dos prisioneiros franceses e seus captores alemães durante a I Guerra Mundial e "A Regra do Jogo" de 1939.

Marcou profundamente também o cinema francês entre 1930 e 1950, tendo aberto a porta à Nouvelle Vague. O diretor François Truffaut é aquele que mais explicitamente reconhece a dívida para com Renoir.

Em 1975, Jean Renoir recebeu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, um Oscar especial que lhe foi entregue em reconhecimento ao conjunto de sua obra. Em 1976 foi condecorado pelo Ministério da Cultura da França.

Filmografia

Prémios e nomeações

  • Ganhou um Óscar Honorário em 1975, em homenagem à sua carreira.
  • Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Realizador, por "L'Homme du Sud" (1945).
  • Ganhou o Prémio Bodil de Melhor Filme Europeu, por "La Règle du jeu" (1939).
  • Ganhou o prémio de Melhor Contribuição Artística, no Festival de Veneza, por "La Grande Illusion" (1937).
  • Ganhou o Prémio Internacional, no Festival de Veneza, por "Le Fleuve" (1951).

origem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_renoir


A efemeridade da arte - de toda arte

"Cheguei mesmo a me perguntar se toda obra humana não é provisória - mesmo um quadro, mesmo uma estatua, mesmo uma obra arquitetural, mesmo o Partenon. Seja qual for a solidez do Partenon, o que resta dele é muito pouco e não temos nenhuma idéia do que era quando acabara de ser construido. Mesmo o que resta vai desaparecer. Talvez se consiga, à custa de tanto colocar cimento nas colunas, mantê-lo por cem anos, duzentos anos, digamos quinhentos anos, digamos mil anos. Mas, enfim, chegará um dia em que o Partenos não existira mais. Pergunto-me se não seria mais honesto abordar a obra de arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer, e que, na verdade, relativizando, não há diferença entre uma obra arquitetural feita em marmore maciço e um artigo de jornal, impresso em papel e jogado fora no dia seguinte."

( Jean Renoir, entrevista dada ao Cahiers du Cinéma, nº 8, nov. 1958.)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pensamentos

" A vida não é quantas vezes respiramos e sim quantas vezes perdemos o folego."

"Você pode brilhar não importa do que seja feito."

"Se Deus existisse, o que ele pensa sobre?
- É só mais um pixel na rede."

"Quem é o gênio e o idiota no meio literário?
- Gênio é aquele que escreve mais do que fala."

"Nós não somos a mesma pessoa sempre, inclusive para seu bem"

Clarah Averbuck



http://adioslounge.blogspot.com/

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Clara Averbuck Gomes (Porto Alegre, 26 de maio de 1979) é uma escritora brasileira. O H do nome surgiu quando cursava o primeiro ano do segundo grau, por uma brincadeira entre colegas.
Clarah Averbuck, como ficou conhecida, sempre odiou a escola. Parou de estudar no segundo grau, tentou o supletivo mais tarde, desistindo em seguida. Retomou o supletivo apenas porque quis entrar na faculdade. Tentou estudar Letras e Jornalismo na PUC-RS, mas não passou de um semestre em ambos os cursos.
Começou sua trajetória literária publicando os seus textos na Internet. Em junho de 1998 escreveu pela primeira vez para a Não-til, a revista digital da Casa de Cinema de Porto Alegre. Um ano depois, se tornou uma das colunistas do CardosOnline, que durou até 2001 e revelou escritores como Daniel Galera e Daniel Pellizzari.
Em julho de 2001 mudou-se para São Paulo, onde começou a escrever sua primeira novela, Máquina de pinball, publicada no ano seguinte. Em setembro de 2001 criou o blog "brazileira!preta", que chegou a ter mais de 1800 acessos diários.
A partir de então, publicou mais dois livros: Das coisas esquecidas atrás da estante, em 2003, e Vida de gato, em 2004.
A obra da escritora pode ser considerada literatura de consumo com influência da subcultura pop, em ícones como John Fante, Charles Bukowski, Paulo Leminski, Pedro Juan Gutiérrez, Hunter S. Thompson, João Antônio, Lucía Etxebarria, H.L. Mencken, Fiona Apple, Nina Simone, Rolling Stones, Tom Waits e Strokes. Faz sentido ter tanta música envolvida; Clarah é filha do músico Hique Gomez da dupla Tangos & Tragédias e também canta. Teve várias bandas, entre elas Jazzie & Os Vendidos, com a qual chegou a fazer turnê por diversos estados do Brasil.
A popularidade de seus escritos chamou a atenção de diretores importantes do teatro e do cinema. Máquina de Pinball ganhou adaptação para o teatro, roteirizado por Antônio Abujamra e Alan Castelo, em 2003. Este e seus outros dois livros também inspiraram o diretor cinematográfico Murilo Salles que, com a ajuda da roteirista Elena Soárez e da própria Clarah Averbuck, produziu o filme Nome Próprio, em 2006, com Leandra Leal no papel principal.
Atualmente tem quatro livros em andamento: Toureando o Diabo (romance), Eu Quero Ser Eu (novela infanto-juvenil), Cidade Grande no Escuro (crônicas) e "Nossa Senhora da Pequena Morte" (que antes se chamava "Delírio de Ruína", e era parceria com a estilista Rita Wainer) em parceria com Eva Uviedo. Em maio de 2006, voltou a manter um blog, desta vez chamado Adiós Lounge.
Obras
• Vida de Gato, Editora Planeta, 2004;
• Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante, editora 7Letras, 2003;
• Máquina de Pinball, Editora Conrad, 2002.