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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aquecimento Global

O Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão—um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes antropogênicos na Atmosfera é causa do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. (fonte IPCC).
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).

Causas:

Mudanças climáticas ocorrem devido a factores internos e externos. Factores internos são aqueles associados à complexidade derivada do facto dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos.
O principal factor externo natural é a variabilidade da radiação solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são aqueles da influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais é a emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando depleção da camada de ozônio (fonte:IPCC)
Cientistas concordam que factores internos e externos naturais podem ocasionar mudanças climáticas significativas. No último milénio dois importantes períodos de variação de temperatura ocorreram: um Período quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses períodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido causados por fatores internos e externos somente. A Pequena Idade do Gelo é atribuída à redução da atividade solar e alguns cientistas concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 é uma reversão natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical Environmentalist).
Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a Atmosfera desde que começou a revolução industrial, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).
A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde 1990 a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a Atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.
A real importância de cada causa proposta pode somente ser estabelecida pela quantificação exacta de cada factor envolvido. Factores internos e externos podem ser quantificados pela análise de simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.
A influência de fatores externos pode ser comparada usando conceitos de força radiotiva. Uma força radiotiva positiva esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de gases, depleção do ozônio estratosférico e radiação solar tem força radioativa positiva e aerosóis tem o seu uso como força radiotiva negativa.(fonte IPCC).

Modelos climáticos:

Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas e naturais (variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica está actualmente convencida de que uma proporção significativa do aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas concorda que importantes características climáticas estejam sendo incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão. (Source: IPCC)
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que factores externos não levados em consideração poderiam alterar as conclusões acima. Os críticos dizem que simulações climáticas são incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partículas, ajustar a retroalimentação do vapor de água e levar em conta o papel das nuvens. Críticos também mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria da comunidade científica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser muito importantes e não são levados em conta pelos modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela acção humana poderia ser menor do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical Environmentalist)

Efeitos

Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das consequências do aquecimento global que podem influenciar não somente as actividades humanas mas também os ecosistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecosistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecosistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessáriamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécie que esteja florescendo.
Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por década e em alguns países insulares no Oceano Pacífico são expressivamente preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos. (Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).
Como o clima fica mais quente, a evaporação aumenta. Isto provoca pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no clima como progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte,por exemplo, provocada por diferenças entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está diminuindo conforme as médias da temperatura global aumentam, isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do calor global.

Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)

Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.

O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo Período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.

Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto:

Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.


Fonte: www.jornaldomeioambiente.com.br

Caridade Moral

A caridade moral consiste em se suportarem umas as outras criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando que fale outro mais tolo que ele. É um gênero de caridade isso.
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdem com que vos recebem pessoas que muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espirita, a única real, estão não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.

Irmã Rósalia (Paris, 1860)

O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec // Editora FEB.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Entramos na era pós-racial

A vitória de Obama é a concretização do sonho. Mas ela não aposenta a discussão sobre a questão racial


"E ENTÃO, EU cheguei a Memphis. E alguns começaram a dizer que havia ameaças. O que alguns irmãos brancos doentes poderiam fazer comigo? Bem, eu não sei o que vai acontecer agora. Temos dias difíceis pela frente. Mas não me importo mais. Porque eu estive no topo da montanha. E eu olhei lá de cima. E eu vi a Terra Prometida. Eu posso não chegar até ela com vocês. Mas eu quero que vocês saibam que nós chegaremos à Terra Prometida."
Martin Luther King Jr. proferiu essas palavras em discurso, em Memphis, no Tennessee, no dia 3 de abril de 1968. Menos de 24 horas mais tarde, ele seria assassinado por um "irmão branco doente".
Passados 40 anos, o homem mais respeitado do mundo é o negro Nelson Mandela e o presidente eleito dos Estados Unidos, um negro de nome esquisito (ao menos para os padrões norte-americanos), Barack Hussein Obama.
Nas ruas do Rio, os camelôs já oferecem camisetas com a imagem do novo líder. Nos cartórios da África, da Índia e da Indonésia escrivães já se acostumam a inscrever o nome do presidente eleito em certidões de nascimento. E, na Inglaterra, a comemoração foi dupla por conta da vitória do negro Lewis Hamilton na F-1, esporte dominado por brancos.
O negão está na moda, o negão está no topo do mundo! Em uma América que vem sendo definida como pós-racial, até quem sempre odiou os negros agora minimiza o fator raça. Questionado sobre a cor da pele de Obama, David Duke, o infame ex-membro do Ku Klux Klan, afirmou: "Não vejo muita diferença entre Hillary, McCain e Obama".
A Terra Prometida imaginada por Martin Luther King Jr. está ao alcance da mão. O pastor, ativista e Prêmio Nobel da Paz dizia que as divisões de raça nos EUA só seriam transcendidas no dia em que um negro fosse eleito presidente. Com a vitória do democrata, o negro passou de coadjuvante a protagonista principal do sonho americano.
Barack Obama foi um candidato "daltônico" e conciliador que fez questão de não enxergar a cor do eleitorado. Mas, não fosse a crise econômica, a campanha "ecumênica" de Obama teria sido vitoriosa? Que papel sua negritude terá jogado na eleição? Apoiadora de Hillary e candidata a vice na eleição de 1984, a democrata Geraldine Ferraro fez uma afirmação recalcada sobre o assunto durante as prévias. Disse que, "se Obama fosse um homem branco, ele não estaria nesta posição. E se fosse mulher (de qualquer cor) também não estaria nesta posição". Seja como for, já estava mais do que na hora de os EUA tomarem vergonha na cara sobre a questão racial, que para eles conta com o requinte extra de dividir caucasianos entre "brancos" e "latinos".
A trajetória de Barack Obama rumo à Casa Branca é a concretização de mais uma etapa do sonho de Martin Luther King Jr. Mas daí a achar que ela aposenta a discussão racial nos EUA vai uma légua e meia.
É "wishful thinking", excesso de otimismo, falar em era pós-racial quando a obscena maioria da população carcerária nos EUA é composta por negros. E quando as atrocidades cometidas pelo governo Bush com a população negra de Nova Orleans, após a passagem do furacão Katrina, ainda são uma ferida exposta para o mundo inteiro ver.

BARBARA GANCIA para Folha de São Paulo (07/11/2008)

barbara@uol.com.br
http://www.barbaragancia.com.br/

domingo, 16 de agosto de 2009

Jornalista

“ O jornalismo é o exercício diário de inteligencia e a pratica cotidiana do caráter”


Cláudio Alencar.

A Arte de compreender a si mesmo

“Querer o menos possível e conhecer o mais possível”

Arthur Schopenhauer.

Cristo era um revolucionário?

“ a proximidade de Judas com a seita dos zelotes ( movimento clandestino anti-imperialista dedicado a expulsar os romanos da Plestina, que Eagleton compara ironicamente com a Al-Quaeda), o autor chega a cogitar não sem um certo cinismo: “Talvez Judas tenha vendido Jesus porque esperava que ele fosse um Lênin e ficou amargamente desencantado quando compreendeu que não ia liderar o povo contra o poder colonial romano”.

Eduardo Socha (Revista Cult ano 12 nº 136) // ( sobre o livro “Jesus Cristo – Os evangelhos de Terry Eagleton”)

Concepção de Herói.

“Heróis são mortos ilustres e servem para ser imitados”

Marcia tiburi ( Revista Cult ano 12 – nº 136)

sábado, 15 de agosto de 2009

A suposta divida entre pais e filhos

As relações pessoais são muitas vezes marcadas pelo tema da divida. Decisivamente, por exemplo, a relação entre pais e filhos.
Os pais dão vida aos filhos e variando de acordo. Os pais dão a vida aos filhos e, variando de acordo com as diversas situações, dão também moradia, alimentação, educação, assistência medica, lazer, etc.
Entretanto, acredito, poucos são os pais que dão tudo isso sem nada esperar receber em troca. A divida pode permear toda uma relação entre pais e filhos, vindo explosivamente à tona no momento em que sua tensão implícita se rompe; quando, por exemplo, o filho não segue os planos que lhe foram traçados pelo pai, ou a filha se desliga dos valores transmitidos pela mãe.
“Ingratos”,é a acusação que ressoa. Mas só há ingratidão quando a divida; é preciso lembrar que esta divida tem a característica curiosa de não ter sido contrariada voluntariamente pelo suposto endividado. Dar engajando o outro, a quem se dá, em uma divida é falso dar.
Dar somente atinge a plenitude de si quando é absolutamente gratuito: dar deve ser sempre dar condições para que o outro cresça, amadureça, se fortaleça por si mesmo.

Francisco Bosco ( Revista Cult ano 12 nº 136).

Livro Livre e Mente em Movimento.

Os livros livres são aqueles que contribuem para o leitor se invista de força suficiente para adquirir sua própria mobilidade; isto é o que se pode chamar verdadeiramente de auto-ajuda , ao passo que o gênero conhecido como auto ajuda é antes o contrario, isto é, uma exoajuda, uma ajuda que, por vir exclusivamente de fora, sem requerer um transformação subjetiva profunda, dificilmente pode ajudar em alguma coisa. E os leitores livres são aqueles que contribuem para restituir a um pensamento sua grande mobilidade, mobilidade que não cessa nunca, enquanto houver leitores livres para, com sua força, pôr pensamentos em movimento.

Francisco Bosco ( Revista Cult ano 12 nº 136).

O Papa e suas escolhas morais

O homem que hoje é o Papa, precisou escolher, 60 anos atrás, entre se aliar à juventude hitlerista ou sofrer algumas conseqüências que lhe pareciam in certas. Ele optou por se juntar a Hitler. Cinco anos arás, ele precisou decidir se abençoava ou não os túmulos dos agentes da SS na França, alguns deles identificados como assassinos de comunidades inteiras. Ele os abençoou. O legado nazista abre um vácuo moral que até mesmo um homem de Deus deve improvisar. As leis não foram gravadas em pedra. E a fé aqui é totalmente confusa.

Norman Lebrecht ( Revista Cult ano 12 nº 136).

Childhood

“ Childhood is measured out by sounds and smells and sights, before the dark hour of reason grows”.

“A infância é medida pelos sons, aromas e cenas, antes de surgir a hora sombria da razão.”



John Betjeman.

Diferent

“Muitas vezes se vive sozinho, quando você é diferente dos outros, é isso que acontece”

Ernest Hemingway – O curioso caso de Benjamin Button.