A caridade moral consiste em se suportarem umas as outras criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando que fale outro mais tolo que ele. É um gênero de caridade isso.
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdem com que vos recebem pessoas que muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espirita, a única real, estão não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.
Irmã Rósalia (Paris, 1860)
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec // Editora FEB.
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