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domingo, 5 de junho de 2011

Questionamentos da madrugada.



03h a.m.

...


Desfaço-me de mim mesmo


Meu corpo intacto

Mas minha alma definha, descama, troca de pele

Seus cabelos dourados

Confirmam o que Baudelaire insinua:

"O verme que devora o cadáver

Reluz dourado assim como o trigo no campo"

Inacabado, esse é o sentimento ! ?

Mas ao deixar um pedaço morto de meu corpo,

arranca-lo,

O animal se renova.

Ciclicamente entra nos eixos

Ferido, manchado, não é mais o mesmo

Olha ao seu redor com altivez

Pensamentos reencarnados lhe dão a sabedoria

De onde ir, mesmo relativamente

Num devir impestuoso

O fim não existe

E o amor?, objeto e objetivo, tão desejado

Coloca-nos numa armadilha existencial

Transformando-se em um labirinto de mil pedaços:

...

Desejo

Loucura

Ação

Temor

Sorte

Caminho

Emancipação

Realidade

...

Porém, só existe uma questão

"Do que em você, sou eu?"





Marcelino Pimentel.

Mar Cinza

















No ultimo andar da minha casa,
Vejo o oceano,
Cinza, nublado, indômito.
Sinto conforto,
Não estou só,
Minha’lma e o oceano compartilham da mesma natureza
Cinza, Nublada, indômita.
Cada micro onda deste mar bravio
São segundos de minha existência.

Marcelino Pimentel.