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segunda-feira, 28 de maio de 2007

Clarice Lispector


" Escrevo em signos que são mais gesto que voz"

" o mundo não tem ordem visivel e eu só tenho a ordem da respiração deixo-me acontecer"

quinta-feira, 24 de maio de 2007

From Outside VII

"Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer nada encontra uma desculpa"

Provérbio Árabe

"Os fantasmas da superficie tomam o lugar da alucinação da profundidade"

Gilles Deleuza


O que se tem a dizer sobre este dois topicos acima?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Entrevista com José Saramago- 2ª parte- No Jornal da Globo


Terça-feira, 22 de Maio de 2007

Entrevista com José Saramago – segunda parte

Do arquipélago das Canárias, na costa da África, o prêmio Nobel de Literatura José Saramago está atento ao que se passa por aqui, do outro lado do Atlântico. O Brasil, diz Saramago, não tem partidos; sofre do que ele chama de "caciquismo", e o governo Lula poderia ser melhor.
Na segunda parte da entrevista concedida a Edney Silvestre, o escritor fala também da morte. Sobre ela, aliás, Saramago tem uma definição surpreendente, bem ao estilo de seus textos.
A paisagem de Lanzarote é toda igual: rochas e terra escura, quilômetros e quilômetros de lava petrificada. Terra árida, e o vento – presença constante.
As violentas explosões que deram origem a esta terra estranha, que mais parece a superfície da Lua, aconteceram 40 milhões de anos atrás. O subsolo manteve o calor de tal forma, que em algumas partes da ilha, nada cresce.
Mas no quintal de José de Sousa Saramago, a terra negra gera vida. Ele nos mostra videiras, árvores frutíferas e as oliveiras – as mais especiais do jardim. Ele plantou quatro; uma não resistiu aos ventos de Lanzarote, mas ele mostra, orgulhoso, os brotos de uma segunda delas.
Daqui a pouco, os brotos serão azeitonas – como as da infância em Azinhaga, onde via os camponeses fazendo a colheita. “Agora aquilo são campos de milho, enfim, extensíssimos, o que me causa a mim ... a primeira vez que eu encontrei com aquilo foi assim um choque, um choque tremendo”, ele lembra.
A União Européia pagou para que as oliveiras fossem arrancadas e, assim, manter alto o preço do azeite. “As pessoas transformam-se em máquinas de ganhar dinheiro. Ou de tentar ganhar dinheiro”, diz Saramago.
Ele é um revolucionário que não aprova o terrorismo fundamentalista. “Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino? Quem é que se haveria de atrever a uma coisa dessas? Pois atrevem-se todos os dias, em todas as religiões!”.
Gorbatchev, a queda do muro de Berlim, a hegemonia americana, a China comunista como potência capitalista; como ele vê esse mundo que emergiu do século XX? “Duvido que nos tempos mais próximos as idéias socialistas tenham qualquer oportunidade, porque aquilo que se passa com os partidos socialistas... a primeira coisa é que não são socialistas. E quem governa o mundo é o dinheiro”.
A decepção de Saramago inclui o presidente Lula e a frustração de expectativas, como a eleição de um ex-operário “Eu esperava mais e melhor. O Lula apresentou-se como alguém que iria resolver aquilo. Mas estava claríssimo que ele não podia. Se não mudava, se não transformava as lógicas do poder que fazem do Brasil um país um pouco estranho neste particular... é que no fundo não há partidos, há grupos de interesses, alianças que se fazem e que se desfazem consoante as conveniências. Há uma espécie, não quero dizer, não quero chamar de, digamos, ‘caciques’, mas há qualquer coisa que vem, digamos, na linha do ‘caciquismo’, que é o influente político que não sabe muito bem por que é que ele ganhou aquele poder, mas a verdade é que o ganhou”, avalia.
Mas o poder, entende Saramago, não realiza utopias. “E como é que o Lula, supondo que representava essa utopia de justiça social, resolução dos problemas gravíssimos que tem o Brasil nesse particular, como é que ele ia resolver? Sozinho? Como uma espécie de Joana D'Arc que vem, digamos, que lança em riste resolver tudo? Claro que não podia”, diz.
Foi uma outra decepção que trouxe Saramago para a ilha de Lanzarote: censura em Portugal. “Se durante 40 anos agüento...mas quase 50 anos tivemos, e tive eu e nós todos tivemos que agüentar o fascismo. O fascismo tinha as suas regras, pois apreendeu livros, meteu escritores na cadeia, algumas vezes. E agora chega a democracia e proíbem-me o livro”, conta.
O livro era “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Em 92, o governo português proibiu que o romance fosse inscrito num prêmio por causa de trechos como o seguinte:
O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.
“Houve uma censura, e uma censura que eles justificavam desta maneira: o livro era ofensivo para os católicos portugueses. Como se eu tivesse alguma coisa que ver com os católicos portugueses, não?”, conta.
Em Lazarote, ele vive com simplicidade. Nas paredes, tem obras de arte, fotos e lembranças. No escritório, mais fotos, a imagem do amigo Jorge Amado e estatuetas de cavalos, seu bicho favorito.
É a oficina do intelectual neto de criadores de porcos, sem vaidades - que reagiu com humildade ao maior prêmio literário do planeta. “E realmente estou a pensar, enfim, aturdido, enfim, pela notícia e tal do Prêmio Nobel. E em voz alta: ‘sim, tenho o Prêmio Nobel’. E quê? Que eu achava pouco ter o Prêmio Nobel? Não, não, não. É que no fundo, no fundo, tudo é pouco, tudo é insignificante. Que eu estivesse a pensar no universo, e em relação ao universo, o Prêmio Nobel não teria importância nenhuma”, conta.
Como Saramago vê o próprio futuro? “Tenho 84 anos, posso viver mais três ou quatro, ou cinco anos”. E a morte não o assusta. “Não, não, não. Tal como eu vejo, o pior que a morte tem é que antes estavas, e agora já não estás. Eu digo de outra maneira aquilo que a minha avó disse. Já devia estar farta de viver, e disse: ‘o mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer’. E ela não tinha pena de morrer: ela tinha pena de já não estar, no futuro, para continuar a ver esse mundo que ela achava bonito”.

Entrevista com José Saramago- 1ª parte- No Jornal da Globo

Segunda-feira, 21 de Maio de 2007

Entrevista com Saramago – primeira parte

José Saramago, o maior autor de língua portuguesa ainda vivo, escolheu uma ilha como seu mundo. Há 14 anos, Saramago vive num auto-imposto isolamento num arquipélago diante da costa da África – de onde lança sua voz crítica a sociedades, governos e governantes.
O Jornal da Globo exibe na segunda e na terça-feira a entrevista feita por Edney Silvestre com José Saramago – que pela primeira vez recebeu uma equipe de TV brasileira em seu refúgio, na ilha de Lanzarote.
Uma ilha no meio do Oceano Atlântico, em frente ao continente africano, varrida por ventos que nunca se calam. É uma paisagem que parece a superfície da lua: árida, negra, acentuada pela explosão de vulcões, há pouco mais de 200 anos; até hoje ainda há fogo sob a terra. Mas a vida surge, mesmo neste solo.
Essa é Lanzarote, uma das Ilhas Canárias. Pertence à Espanha, mas a Europa fica a mais de mil quilômetros; a África, a apenas 100 quilômetros. É lá que vive desde 1993 o único autor de língua portuguesa premiado com o Nobel de Literatura, José Saramago.
Ao receber o prêmio, um dos maiores intelectuais da atualidade emocionou falando do avô, Jerônimo, e da avó, Josefa – os dois analfabetos. “O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever....”, ele disse na época.
A mãe, Maria da Piedade, também não sabia ler nem escrever. “Lembro-me dela a sair de casa para lavar uma escada que tinha três ou quatro andares, com o balde, com o sabão e com o esfregão e a escova, escova dura para raspar. Era assim”.
Saramago teve mãe faxineira, pai guarda-civil e avós criadores de porcos. O único irmão, Francisco, morreu aos quatro anos. “A minha relação com a minha infância,que já podia estar esquecida ou transformada em outra coisa, se eu pudesse repeti-la, repeti-la-ia exatamente como foi: com a pobreza, com o frio, com a pouca comida, com as moscas e os porcos e com tudo aquilo”, diz. “Eu não quero cair, enfim, nesta coisa do miserabilismo: ‘eu fui pobre, eu fui pobre, eu fui pobre’”.
José de Souza Saramago foi estudar em escola técnica, e tirou diploma. “Saio serralheiro mecânico e exerço como serralheiro mecânico numa oficina de automóveis, rodando válvulas, reparando motores e coisas assim”, ele conta. Mas diz que hoje ainda não é capaz de consertar um carro. “Hoje não, porque eu não sou quem era, mas também o automóvel também não é quem foi”.
O ex-mecânico construiu uma carreira excepcional. “Não houve uma força superior que olhasse pra mim e dissesse: ‘bom, vou te preparar uma vida muito bonita’. Não, não, não. Agora, é uma vida que não podia ter sucedido, em termos de pura lógica", reconhece.
Nossa entrevista foi gravada na grande biblioteca do homem que sequer tinha dinheiro para comprar livros.
O comunista, racional, fala da transformação trazida pela paixão por uma mulher. “A minha vida não seria aquilo que é hoje, não teria essa biblioteca se eu não tivesse conhecido a Pilar”, ele diz.
Quando se conheceram, Saramago tinha 63 anos, e Pilar Del Rio, 36. “Os meus amigos diziam: ‘vê lá o que vais fazer e tal, isso é perigoso’ e tal”.
Pilar nunca tinha ouvido falar em Saramago. Leu o romance “O Memorial do Convento”. “A cada página, eu voltava atrás para certificar-me: é um contemporâneo. Aí, tinha a percepção de que estava diante de um clássico. Este homem tem um olhar sobre o mundo absolutamente moderno, absolutamente contemporâneo”, conta Pilar.
Em Lisboa, aconteceu o primeiro encontro, a atração – a princípio, intelectual: os dois apaixonados pelo poeta Fernando Pessoa e pelo marxismo.
Seis meses depois, houve o reencontro em Sevilha, às 4 da tarde; a hora está registrada em vários relógios da casa em Lanzarote. “E aí começa realmente a minha segunda vida. Porque com 63 anos, o que é que se espera que aconteça? Já não muita coisa", explica Saramago. Os dois estão juntos há 21 anos. Vivem, com simplicidade, em uma ilha longe do mundo.
Mas Saramago está sempre atento – e crítico – às mudanças da história. “A globalização é um totalitarismo. Totalitarismo que não precisa nem de camisas verdes, nem castanhas, nem de suásticas. São os ricos que governam, e os pobres vivem como podem. Então, isto tem aspectos totalitários de fato, porque se tu controlas a economia mundial, os movimentos do dinheiro, a circulação dos bens, de uma certa maneira também controlas a circulação das pessoas, que é o que está a acontecer”, analisa.
Num pequeno escritório com vista para o oceano, Saramago escreve. Diariamente. Mesmo durante os meses da doença recente, continuava escrevendo; ele teve um espasmo gástrico que provocava soluços – às vezes a cada três segundos. E se curou, imagine, com goles de vinagre. “Imagina o vinagre descendo pela garganta abaixo? Era dinamite", ri.

José Saramago

" Mas estes pessoas não percebem que matar em nome de Deus é transformar Deus em assassino?"

José Saramago

"O Capitalismo é um regime totalitario moderno onde os ricos que detem o dinheiro e por isso os rumos da economia, Mandam no mundo e os pobres se viram como podem."

José Saramago

"O filho de José e Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo. " O Evangelho Segundo Jesus Cristo

José Saramago

terça-feira, 22 de maio de 2007

Canções inesqueciveis de Louis Armstrong.

- Stardust
- What a wonderful world
- When the Saints marching in.
- Dream a little dream of me.
- Ain´t misbehavior.
- Stompin´at the Savoy.
- We Have all the time in the world.
- Hello Dolly.


Louis Armstrong ( New Orleans - August, 04, 1901
NY - July, 06, 1971)

Louis Armstrong


" Acho que não é o mundo que é ruim, mas sim o que nós estamos fazendo com ele.
Quero dizer que o mundo seria maravilhoso se nós lhe concedessemos uma chance.
Amor este é o segredo"

Louis Armstrong

" Cada homem tem seu estilo musical proprio e, naturalmente, este se manifestará de diferentes maneiras.
Quando sopro a corneta, as lembranças me ajudam a criar o tom.
Uma cidade, uma criançaem algum lugar, um idoso que você viu, não sabe onde nem mesmo o nome.
Estas imagens despertam a minha inspiração.
O som que sai da corneta que um homem toca revela o que ele é.
E um homem pode ser diferentes coisas.

Louis Armstrong

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O mito do Vampiro.


Levanto algumas questões neste texto, sobre o mito do vampiro.

Vampiros

Contestando o mito, Revelando o humano.
Os textos base para este projeto são os Livros de Anne Rice – onde o vampiro é mais humano.

O sol com o oxigênio eles oxidam as células. Quando vivo causa o processo do envelhecimento, porém as células se regeneram e não a morte do corpo. No vampiro não há regeneração celular, pois o corpo está morto necessitando da vitalidade (sangue) do mortal para sentir-se vivo ( impressão). As células do vampiro são ultra sensíveis por já estarem mortas sujeita a degradação instantânea que a oxidação causa nele.
OBS: Pesquisar sobre mito do sol “criação” , oxidação celular ( vitamina E),

O mortal ao receber o beijo da imortalidade não tem dimensão do que irá se deparar com isto. O ser humano a mutio se preoculpa com a imortalidade e cria-se a figura do vampiro que amaldiçoado vive para sempre , será então uma espécie de castigo, de privilegio ou de simples condição bestial ( besta porem primeiro humano).
OBS: estudar mitos de autoreflexão do ser humano.

No filme Blade Runner - o caçador de andróides de Ridley Scott, o diretor apresenta uma metáfora bastante significativa onde mostra o androide versão maquina humana que com o passar do tempo gera sentimento de humanos de contemplação da própria existência e passa q questionar porque veio ao mundo ao mesmo tempo que trata de sua pseudo condição humana de forma a propria humanidade ver a se própria de fora na visão de um adroide. Com os Vampiros a historia é a mesma porem de uma forma que perpassa-se os anos e o vampiro ainda apresenta ao homem algo a se pensar qual o preço da imortalidade ( fugir das leis de Deus “ a inteligência suprema”), da força descomunal. Os vampiros mostram que humanos já foram e ao ter uma nova forma de vida se paga um preço alto por isto a imortalidade é esnfadonha , a força apaga com o amanhecer, vive da morte dos outros ( são parasitas não estão no topo da cadeia alimentar (como muitos pensam) e se vendo perdendo a condição de humano ( Louis – entrevista com o vampiro de Anne Rice) provoca um sentimento de busca desenfreada a sua humanidade perdida pois não a brilho no vamipro e sim dor por estar vegetando na terra perdendo o ciclo natural que lhes é proposto.
OBS: Estudar a vida dos parasitas, basear-se a imortalidade tanta católica como visão espírita e de culturas orientais, técnicas de preservação do corpo morto, (medicina legal e buscar tema nos livros de Anne Rice).

O vampiro por estar a par da vitalidade humana e por se sentir enganado ao passar para imortalidade refleti bastante a condição do humano e como ele vive ou não liga para vida, os vampiros sabem ( porque perderam ) a beleza que é estar vivo, pois muitos quando se tornaram vampiros não queriam mais viver e assim se transformaram ( como nos jogos mortais – o filme , estes humanos que agora transformados em besta recebem uma lição para valorizar mais a vida porem estes mais não tem a chance de uma nova vida e so a morte para uma próxima reencarnação. Os vampiros tem muito o que falar a humanidade na visão de quem experimentou o sofrimento porem sua bestialidade não deixa-o passar estes pensamentos ao seres humanos vivos.

Tópicos para estudo:
Unificar o miito do vampiro em vários paises. ( egito, grécia, china, brasil, japão, paises eslavos, inglaterra e frança.)
Porque os vampiros estão tão presentes nestas culturas e de uma forma parecida, sugando o sangue?
Textos base: Anne Rice, Bram Stoker ( Dracula), Elizabeth Batory, nosferatu.
Literatura
Influencia do gótico e stilo vitoriano
Moda atual e medieval
Grupos atuias de góticos ( sociologia) tribos urbanas influencia
Cinema ( noir)
Musica e artes plásticas.
Quadrinhos RPG novelas e videogames.
Bissexualidade dos vampiros ( louis e lestat)
Filosofia de vida eterna e reflexão do homem.

From outside VI

" Ver-te
só ver-te!
É sorver-te
como um sorvete!"


"Não existe tempo como nós definimos no universo.
É sempre o mesmo dia que nunca acaba"

From outside V

"Todos querem o perfume das flores,
mas poucos sujam as mãos para cultiva-las..."

Anônimo

"Amo a liberdade
Por isso as coiasa que amo
Deixo-as livres
Se voltarem é porque as conquistei
Senão voltarem
é porque nunca as tive"

Paulo Coelho

"

From outside IV

" Renda-se como eu me rendi
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei
Não se preoculpe em enteder.
Viver ultrapassa todo entendimento"

Clarice Lispector

A função da Arte


Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago kovadloff levou-o para que descobrisse o mar.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas alta, esperando.
Quando o menino e o paienfim alcançaram aquelas alturas de areia, de pois de muito caminhar, o mar estva na frente de seus olhos.
E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- " Me ajuda a olhar!"

Eduardo Galeano

quinta-feira, 17 de maio de 2007

From outside III

"Sou pagã e anaquista, não poderia deixar de ser uma panter que se preza"
Florbela Espanca

"O amor dum homem? ...
- Terra tão pisada, gota de chuva ao vento baloiçava...
Um homem? ... - Quando eu sonho o amor dum deus? ..."
Florbela Espanca

" Só existe um problema filosofico realmente serio é o suicidio"
Albert Camus.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

100 melhores filmes do mundo


Lista da Times Magazine sobre os melhores 100 filmes do mundo. (sorry, os nomes estão em inglês, porém se você ja viu todos é realmente um cinéfilo.).

Por data





City of God (2002)

Talk to Her (2002)

The Lord of the Rings (2001-03)

Kandahar (2001)

Ulysses' Gaze (1995)

Drunken Master II (1994)

Farewell My Concubine (1993)

Schindler's List (1993)

Léolo (1992)

Unforgiven (1992)

Goodfellas (1990)

Miller's Crossing (1990)

The Decalogue (1989)

Nayakan (1987)

Wings of Desire (1987)

The Fly (1986)

The Singing Detective (1986)

Brazil (1985)

The Purple Rose of Cairo (1985)

Blade Runner (1982)

E.T. The Extra-Terrestrial (1982)

Berlin Alexanderplatz (1980)

Mon oncle d'Amérique (1980)

Raging Bull (1980)

Star Wars (1977)

Taxi Driver (1976)

Barry Lyndon (1975)

Chinatown (1974)

Day for Night (1973)

The Godfather, Parts I and II (1972, 1974)

Aguirre: the Wrath of God (1972)

The Discreet Charm of the Bourgeoisie (1972)

A Touch of Zen (1971)

Bonnie and Clyde (1967)

Mouchette (1967)Persona (1966)

Bande à part (1964)

Dr. Strangelove: or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)

A Hard Day's Night (1964)

Charade (1963)

Lawrence of Arabia (1962)

The Manchurian Candidate (1962)

Yojimbo (1961)

Psycho (1960)

The 400 Blows (1959)

Some Like It Hot (1959)

Pyaasa (1957)

Invasion of the Body Snatchers (1956)

The Apu Trilogy (1955, 1956, 1959)

Smiles of a Summer Night (1955)

On the Waterfront (1954)

Ikiru (1952)

Singin' in the Rain (1952)

Umberto D (1952)

In A Lonely Place (1950)

Kind Hearts and Coronets (1949)

White Heat (1949)

Out of the Past (1947)

It's A Wonderful Life (1946)

Notorious (1946)

Children of Paradise (1945)

Detour (1945)

Meet Me in St. Louis (1944)

Casablanca (1942)

Citizen Kane (1941)

The Lady Eve (1941)

His Girl Friday (1940)Pinocchio (1940)

The Shop Around the Corner (1940)

Ninotchka (1939)

Olympia, Parts 1 and 2 (1938)

The Awful Truth (1937)

Camille (1936)

The Crime of Monsieur Lange (1936)

Swing Time (1936)

Bride of Frankenstein (1935)

It's A Gift (1934)

King Kong (1933)

City Lights (1931)

The Man With a Camera (1929)

The Last Command (1928)

Metropolis (1927)

Sherlock, Jr. (1924)

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Você se acha um intelectual?

Sei que é um pouco grande para uma leitura rapida porem leiam, imprimam , reflitam e retorne ao site com comentarios!


O que é o intelectual?

“...uma parte de nós mesmos que não apenas nos desvia momentaneamente de nossa tarefa mas que nos conduz ao que se faz no mundo para julgar e apreciar o que se faz” - Maurice Blanchot

Antes, é preciso definir quem é o intelectual.Sabe-se que ele não é, necessariamente, o homem de letras, o artista, o político, o historiador, o filósofo, o escultor, o sábio etc., ou seja, sabe-se que nem todo homem de letras, nem todo artista, nem todo político etc. é intelectual, o que não significa que um deles não possa vir a ser. Penso, aqui, na definição de Maurice Blanchot: o intelectual é “uma parte de nós mesmos que não apenas nos desvia momentaneamente de nossa tarefa mas que nos conduz ao que se faz no mundo para julgar e apreciar o que se faz”. Não existe, portanto, essa figura do intelectual em tempo integral ou inteiramente intelectual. Para transformar-se em intelectual, o ser deve desdobrar-se, acumular momentaneamente nele mesmo outras funções, deixar de lado os saberes particulares para se dedicar ao trabalho da crítica e à luta pelos ideais universalizantes: Razão, Justiça, Liberdade e Felicidade. Daí o intelectual se caracterizar pelo desvio a todo determinismo e lidar com potências indeterminadas. Ele não é o teórico, muito menos o homem da vida prática e do saber objetivo: pode-se dizer, mais precisamente, que ele encarna o espírito crítico, capaz ao mesmo tempo de reconstruir o passado e construir idealmente o futuro. Já no seu surgimento no século XIII, “momento decisivo na história do Ocidente”, como nos lembra Alain de Libera, o intelectual medieval seria definido pela contraposição: “o intelectual é o ator da mudança social; o universitário, um espectador indiferente”. Uma contraposição primordial que deve ser vista com nuances, no entanto: “o intelectual não se renega pelo simples fato de ser universitário, e não basta ‘tomar suas distâncias’ em relação à universidade para ser um intelectual”. Essa é uma das fragilidades do conceito gramisciano de “intelectual orgânico”, funcionário a serviço da Igreja, do Estado ou do Partido. Entre o bispo e o príncipe, o intelectual cria o seu espaço. Em relação à Igreja, marca sua diferença quando o homem abandona a idéia de que Deus pensa em nós, anunciando o começo do fim de uma inteligência impessoal. Em relação ao príncipe, ele estabelece novos vínculos políticos com a comunidade. A matéria do intelectual são, pois, dois abismos, a ordem e a desordem do mundo e das coisas. O intelectual é, enfim, aquele que tenta infatigavelmente construir a si mesmo e a todas as coisas através de atos articulados do espírito. Mais: por encarnar os ideais universais, procura reunir em si o que está disperso, “Dispersão e junção, essa seria a respiração do espírito, o duplo movimento que não se unifica, mas que a inteligência tende a estabilizar para evitar a vertigem de um aprofundamento sem fim”. O intelectual seria, pois, uma espécie de “matemático que trabalha com símbolos e os combina com certa coerência sem nenhuma relação com o real”. Assim, ele está, como lembra ainda Blanchot, tanto mais próximo da ação e do poder, quanto mais não se mistura com a ação e com o poder político. Ao mesmo tempo, ele não pode ser um desinteressado da política: “Afastado da política, não sai dela, mas tenta manter esse espaço de afastamento e esse esforço de retirada para aproveitar essa proximidade que o distancia a fim de se instalar nela (instalação precária) como um guardião que está lá apenas para velar, manter-se alerta, por uma atenção ativa onde se exprime menos o cuidado de si do que o cuidado dos outros”.Talvez a clássica divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual não dê mais conta da complexidade do tema. Divisão datada do século XIX, quando a função do intelectual começou a ser reconhecida, em grande parte como conseqüência do affaire Dreyfus, a partir do qual escritores passam a ter grande papel político tanto pelo renome, quanto pelas obras: Victor Hugo, Zola e Lamartine devem ser lembrados. Destacadamente, Marx, que dedicou boa parte de sua reflexão à divisão do trabalho e à definição de um conceito pouco discutido, hoje, nos meios acadêmicos, que, em tempos de domínio da tecnociência, merece nossa atenção: a alienação, chave da diferenciação entre intelectual e trabalhador intelectual. Como isso se dá? É evidente que o trabalhador intelectual distingue-se do trabalhador manual pela maior educação formal, pelos títulos acadêmicos e pela sua posição nas divisões de classe e trabalho, enfim, ele é o “servo vaidoso”, como escreveu um pensador americano. Podemos, por exemplo, identificar o trabalhador intelectual na figura do publicitário, que vende uma marca de sabão ou um candidato político. Então, nessa tarefa, ele difere muito pouco do trabalhador manual que, por dever de ofício, não domina a totalidade da produção, ou seja, é um especialista, e isso diferencia ambos, em essência, do intelectual que procura, permanentemente, fazer relações com as demais áreas da atividade e da existência humana. Ao contrário deste, a marca mais forte do trabalhador intelectual está na separação consciente entre meios e fins, isto é, a separação entre a ciência e a técnica, de um lado, e os valores, de outro. É comum ouvi-lo dizer: pensei a bomba, mas quem a detonou foi o militar ou o político. Ele é o cultor do mito da ‘neutralidade’ científica, que o permite abandonar os ideais universais em troca da defesa dos interesses imediatos e práticos. Essa questão se põe até mesmo no insuspeitável campo da filosofia, como afirma, em tom amargo, o filósofo Jacques Bouveresse: o que se tornou impossível ou inaceitável não é a filosofia, mas o que os ‘especialistas’ fizeram dela. Ora, se a situação do intelectual hoje é complicada, se sua condição está em cheque, é porque ele fez uma série de escolhas que o conduziram a isso. Vejamos, de maneira sucinta, algumas delas:A primeira e uma das mais importantes é a apontada pelo filósofo alemão Peter Sloterdijk: pensando a revolução, o intelectual contemporâneo errou de alvo: ela estava sendo conduzida não pelo proletariado, mas pela técnica. No fim, o jogo foi feito, a revolução aconteceu e os intelectuais revolucionários não perceberam o que se passava. Muitos elementos nos levam a crer, escreve Sloterdijk, que deixamos o espaço das revoluções políticas para entrar no das revoluções técnicas e mentais – o que obrigatoriamente põe fim ao papel clássico do intelectual. Sloterdijk acerta no diagnóstico, mas deixa muitas dúvidas quanto ao significado do termo ‘intelectual’, uma vez que, para ele, “o revolucionário profissional hoje é o designer ou o consultor, e suas missões não têm nenhuma relação com o antigo estatuto do revolucionário profissional no seminário de filologia e de sociologia”. No mesmo sentido, Jacques Derrida vai mais longe: para ele, a “alta tecnologia” ou a tele-tecnologia faz de cada trabalhador, “cidadão ou não”, um ‘intelectual’: “Deduzo, a partir daí, que, exceto traindo sua ‘missão’ (nova traição dos clérigos), um intelectual reconhecido jamais deveria escrever ou tomar a palavra publicamente nem ‘agir’ em geral sem pôr em questão o que parece dispensar explicação, sem procurar associar-se aos que se vêem privados do direito à fala e à escrita, sem exigir isso para eles – diretamente ou não. Daí a necessidade de escrever em outros tons, de mudar os códigos, os ritmos, o teatro e a música... Não acredito dever abrir mão das responsabilidades, dos deveres e dos poderes que ainda me são, a título de ‘intelectual’, reconhecidos”. Pode-se verificar, hoje, a ‘segunda traição dos intelectuais’ na relação que esses têm mantido com os novos meios de comunicação, em particular os audiovisuais, aos quais costumam atribuir equivocadamente sua própria crise e a do pensamento. Tal postura é no mínimo uma indelicadeza dessa ‘República’ que deve grande parte do seu prestígio à relação que mantém com a televisão. Relação essa que, em si, não é o problema, mas que se transforma nele quando o intelectual se submete à lógica dos meios, traindo os princípios universais de luta da Razão, da Liberdade, da Justiça e da Felicidade. Ao contrário, quais são os temas que os intelectuais são convidados a discutir, hoje? Poder, luta de interesses, economia doméstica, jogos amorosos... Lemos na introdução ao Tratado da natureza humana, do filósofo David Hume, uma passagem que define perfeitamente a questão: “As discussões multiplicam-se, como se houvesse apenas incerteza. Em toda essa agitação, não é a razão que ganha, é a eloqüência; encontram-se defensores do proselitismo para as mais extravagantes hipóteses se forem bastante hábeis para pintá-las com cores favoráveis. A vitória não é garantida pelos soldados em armas... mas pelas trombetas, tambores e músicos do exército”. Não é preciso dizer quem são os músicos. Em um texto sobre as razões de certa ‘decadência’ da filosofia, que, em última análise, é um libelo sobre a decadência intelectual, Jacques Bouveresse escreve: “Os intelectuais não perdem a ocasião de relembrar que a escravidão e outras instituições consideradas hoje como inteiramente inaceitáveis foram durante muito tempo descritas e aceitas como ‘naturais’ e inevitáveis. Mas a idéia de que as injustiças e as desigualdades por vezes escandalosas que reinam na sua própria sociedade resultem simplesmente da natureza das coisas habitualmente não os incomoda. É a razão pela qual os intelectuais de esquerda que enchem a boca com as palavras ‘democratização’, ‘descentralização’, ‘autonomia’, ‘multiplicação dos centros de decisão’ etc. achem, no final das contas, inteiramente normal, no seu próprio domínio, que o essencial do poder seja concentrado nas mãos de algumas dezenas de ‘intellocrates’”. Os ideais de igualdade e justiça e o direito à crítica são sempre bons para as outras profissões, nunca para a própria.Outro problema posto aos intelectuais por eles mesmos foi a instauração do reino do relativismo. Certa tendência estruturalista da década de 70 levou a desqualificar, em nome de poderes anônimos, todo trabalho intelectual que buscasse certa universalidade. No famoso texto Os intelectuais e o poder, diálogo entre Foucault e Deleuze, lemos, por exemplo, que os intelectuais descobriram, enfim, “que as massas não necessitam deles para saber; elas sabem perfeitamente, claramente, muito melhor do que eles; e elas o dizem muitíssimo bem. Mas existe um sistema de poder que barra, interdita, invalida esse discurso e esse saber”. Mais radical é a tese: “Não temos que totalizar o que só se totaliza do lado do poder, e que só podemos totalizar, do nosso lado, restaurando as formas de centralismo e de hierarquia. Em contrapartida, o que temos a fazer é chegar a instaurar as ligações laterais, todo um sistema de redes, de bases populares”. Luta “não por uma tomada de consciência (há muito tempo que a consciência como saber é adquirida pelas massas, e que a consciência como tema é tomada, ocupada pela burguesia)... mas pelo poder”. A teoria deve ser, pois, local e regional, não totalizadora. E certamente, também, o poder. O texto Os intelectuais e o poder sugere pelo menos dois grandes problemas, além da evidente destituição do objeto do intelectual que são os universais: como definir esse sujeito impessoal (as massas) e como lidar com uma teoria que abole uma das noções fundantes do pensamento clássico, a subjetividade consciente e voltada para a ação? Ora, esse sonho de comunidades autônomas da década de 70 parece não ter prosperado. Mais: a própria idéia de comunidade é desacreditada pelo ceticismo estabelecido e, de certa forma, a recusa contemporânea da razão é uma expressão disso. Nesse sentido, Bouveresse aponta que a concepção reinante hoje “é a de grupos humanos reunidos em um espaço e por um tempo limitados por um sistema de convenções arbitrárias, cambiantes, e funcionando de maneira mais ou menos tirânica. O estruturalismo conseguiu combinar de maneira expressiva os três ingredientes que são os mais susceptíveis de seduzir um homem tão instruído e desabusado como o de hoje: o determinismo psicológico, sociológico e cultural, o relativismo e o cientificismo. É, aliás, em grande parte por causa da impressão que ele dá de ser nitidamente mais ‘científico’ do que seus adversários que o relativismo extremo conhece hoje um sucesso tão considerável”. O ceticismo é, pois, outro tema posto pelos e para os intelectuais hoje. Dele, é possível selecionar várias expressões: desde o ‘tudo se equivale’ até a manifestação explícita de que não é mais possível dizer o que é verdade. Paul Veyne, historiador de renome, afirma, por exemplo: “As ciências não são mais sérias do que as letras e, uma vez que em história os fatos não são separados de uma interpretação e que se pode imaginar todas as interpretações que se quiser, o mesmo pode acontecer com as ciências exatas”. Conformismo desse tipo não deixa de ser um traço marcante entre os intelectuais contemporâneos. Mais do que conformismo, a Escola de Frankfurt assinala contradições do intelectual contemporâneo, cujas conseqüências são trágicas: cortado da vida prática, “dedicado às coisas do espírito”, arrisca-se a cair no vazio; ligado à “ingênua e mentirosa importância dada aos produtos intelectuais da indústria da cultura, acrescenta novas pedras que a isola do conhecimento”. Adorno conclui em um dos fragmentos da Minima moralia: os intelectuais são ao mesmo tempo “aproveitadores dessa medíocre sociedade e aqueles cujo trabalho inútil determinará, apesar de tudo, o êxito de uma sociedade liberada do utilitarismo – contradição inaceitável que é preciso superar de uma vez por todas”.Mais melancólica é a posição de Walter Benjamin: o intelectual tem “preguiça no coração”, tristeza, a “acedia” que o torna mudo porque sabe com quem, necessariamente, entra em relação: o vencedor e seu espólio, que ele define como bens culturais. Qualquer intelectual que professe o materialismo histórico só pode visualizá-lo à distância, o distanciamento de que fala Blanchot. Foi nesse sentido que Benjamin escreveu o célebre axioma: “Não existe documento de cultura que não seja documento de barbárie. E a mesma barbárie que os afeta também afeta o processo de sua transmissão de mão em mão. Eis porque, sempre que possível, o teórico do materialismo histórico afasta-se deles. Sua tarefa, acredito, consiste em escovar a história a contrapelo”.
Adauto Novaes

quarta-feira, 9 de maio de 2007

From outside II

" Descobrir é a unica maneira ativa de conhecer, assertivamente, fazer descobrir é a unica método de ensinar" - Gaston Barchelard

From outside I

" A cor é a musica dos olhos" - Goethe
" A arte na produz o visivel , ela torna visivel" - Paul Klee
" Do que vale olhar sem ver?" - Goethe
"A pintura é mental" - Marcia Tiburi
"Não a arte do passado, nem do futuro; A arte que não é do presente jamais será arte" - Picasso

From my head! I

A razão não atinge Deus só a emoção!!!! Fell it!