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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Valentine's Day

Nos países do hemisfério norte, principalmente, o Dia dos Namorados é no dia de São Valentim (daí Valentine’s Day).

São Valentim
No Império Romano, o imperador Caldeus II proibiu os casamentos para formar um exército. Mas o bispo Valentim continuou com as celebrações de matrimônios em segredo. O império acabou descobrindo a contravenção bispal e prendeu Valentim, condenando-o à morte. A filha do carcereiro se chamava Assíria e, acreditando piamente no amor, pediu ao pai para visitá-lo. Os dois se apaixonaram e diz-se que Assíria, até então cega, recuperou a visão. Pelo milagre, Valentim foi canonizado, mas, como todo bom mártir, foi decapitado em um 14 de fevereiro, transformado em seu dia. Nessa data, pela história de Valentim e Assíria, é comemorado o Dia dos Namorados.
No Brasil, o dia é 12 de junho, hoje, por causa da véspera do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Mas não há história nenhuma de martírio, morte, amor e redenção. Não. Para reproduzir o efeito do dia de São Valentim em outros países, a data aqui foi idealizada pelo comércio. E só. Uma pena que a associação do dia com a história seja essa. Comércio.
Para mim, que não tenho religião, mas amo as coisas mais poéticas da vida, o melhor dia seria o 4 de outubro ou o 11 de agosto. Por um simples motivo: a primeira data é o dia de São Francisco de Assis e a segunda é o de Santa Clara. A poesia da história de Francisco e Clara é muito mais válida do que qualquer data comercial. Pela proximidade do 4 de outubro com o 12 de outubro, eu instituiria o 11 de agosto.

Francisco de Assis abrigou Clara de Assis em seu mosteiro. Ela foi seguidora de São Francisco e fundou a ordem das Clarissas. Mas o mais curioso é que ela devotou sua vida a São Francisco, grande amigo e mentor da santa e, diz-se, que os dois foram amantes. Mas não amantes no sentido físico, carnal. Amantes espirituais. Eram seus espíritos que comungavam, se entendiam numa esfera muito maior do que podemos supor em nossa vã existência.

Prefiro essa história à de um evento comercial. Mas como nada é perfeito: comemoremos, sempre, junto de quem amamos, seja seu pai, sua mãe, sua família, sua namorada, seu namorado, seu amigo, seu companheiro. Não importa o dia.

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